O documento CTm/BMI – 15 Anos de Actividade, com data de 24 de Março de 1992, é o anuário da Companhia de Transmissões da 1.ª Brigada Mista Independente elaborado quando o então Major de Tm Eng.º José António Henriques Dinis era o comandante da unidade.
1 comentário em “Anuário de 1991 – CTm da BMI, 15 Anos de Actividade”
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Esta iniciativa do MGen Hemriques Dinis vem preencher uma lacuna neste Blogue visto que, até aqui, a Companhia de Transmissões da Brigada ainda não foi contemplada com nenhum post. Ainda na ultima reunião tinha chamado a atenção da CHT para a necessidade de referir a Companhia no Blogue, dada a sua importãncia como unidade de Tm de Campanha, herdeira histórica do “glorioso” BTm3 e para mais tendo na Comissão dois oficiais ex-comandantes desta Companhia, como aliás consta da galeria dos Comandantes apresentada no documento do MGen Dinis.
Para além de salientar a oportunidade do documento e a sua qualidade permito-me acrescentar as seguintes achegas em relação a esta importante unidade da nossa Arma:
• A primeira recordação que tenho da Companhia está ligada ao problema da alimentação, quando a unidade era comandada pelo major Pinto de Castro e eu estava, a meu pedido, a desempenhar as funções de chefe da Repartição de Pessoal da DAT. Não vou contar a história em pormenor pois deixo isso para o MGen Pinto de Castro, que o fará melhor do que eu. O problema é que a unidade, naquela altura, era uma espécie de Companhia-gourmet, onde toda a gente sabia que se comia bem. Como se sabe na tropa o exemplo vem de cima e o general Comandante da Brigada (o meu amigo Silva e Castro) estava, sempre que podia lá caído para almoçar, o que era uma propaganda eficaz e um atestado inquestionável da excelência culinária da unidade. O responsável pelas estrelas Michelin dadas, em peso, pela Bigada era o sargento-ajudante Alves. Acontecia que havia normas que obrigavam a fazer rotações do pessoal. O Alves já devia ter sido rodado há muito tempo. E não foi. Tanto quanto me lembro a razão que o Pinto de Castro defendeu (para além do bem estar da Companhia) era também o prestígio alcançado pela Arma no campo da gastronomia…
Acabei por concordar em manter a situação enquanto não surgissem reclamações que obrigassem a deslocar o Alves, o que comigo acabou por não acontecer. Eu no fim de contas na Repartição de Pessoal o que defendia era que o grande segredo da gestão da Arma era aplicar o princípio do “right man in the right place”, como era o caso.
• Mais tarde, era eu Diretor Interino da Arma e comandava a Companhia o saudoso TGen Rodrigues (falecido), então major. Fiz questão de visitar a Companhia como Diretor, o que nunca tinha sucedido, julgo que pelo fato de a Companhia pertencer à Brigada.. Claro não se pode ir visitar a Companhia sem a concordância do comandante da Brigada (o MGen Carreto Curto) que apoiou francamente a ideia. A visita correu muito bem e foi notória a satisfação da Companhia pelo fato de ser visitada pelo Diretor da Arma pela primeira vez.
• Recordo ainda que, no tempo em que comandava a Companhia o major Moreira a unidade nos testes de prontidão teve altas classificações que a distinguiram no âmbito da Brigada.