Os telégrafos de 3 bolas (ou balões) terão sido largamente utilizados pelo Corpo Telegráfico nas suas linhas permanentes, como o comprova a seguinte requisição de material (19 telégrafos de balões), da responsabilidade do Maj Engº Couto e Melo, o comandante do CT que mais anos esteve em funções (pelo menos desde 1814, mas pode depreender-se de alguns documentos, que o foi desde Janeiro de 1812):

É importante notar que esta requisição é feita em maio de 1828, numa altura em que Couto e Melo preparava a extensão da linha Lisboa-Coimbra até ao Porto, onde chegaria no final desse ano, abandonada que fora a variante para a linha para Almeida alguns anos antes. A relação seguinte mostra as existências, nessa mesma data, o que é importante, permitindo supôr que a extensão para o Porto terá sido feita toda com os telégrafos de bolas da requisição anterior. Note-se que entre Santarém e Coimbra há várias estações cuja designação não vem mencionada, o que indicia que na altura desta relação os seus locais não estavam ainda definidos com precisão, e muito menos activos. De Lisboa a Coimbra havia então 14 telégrafos instalados, sendo 8 até Santarém.