Post do MGen Pedroso Lima, recebido por msg:
A recente visita que fiz à Exposição de Joana de Vasconcelos no Palácio da Ajuda (onde estará até 15 de Agosto), que muito me agradou, confirma bem a grande projeção internacional atual da artista, depois do sucesso que teve a sua exposição de Versalhes.
O Palácio da Ajuda tem uma coleção permanente que permite a apresentação das diferentes salas do Palácio, que serviu de residência real, com o mobiliário e decoração da época. Joana de Vasconcelos introduziu, nesta coleção permanente, mais de 30 trabalhos seus, relizados nos últimos dez anos e uma parte dos quais foi apresentada em Versalhes.
Entre muitos outros, permito-me destacar na Exposição a “Noiva”, feito com tampões, a “Marilyn”, feito com panelas de aço inoxidável, que se apresenta na gravura, bem como “o jardim do.Éden”, com fores de plástico e uma fabulosa iluminação.
De referir também que a maior parte das peças expostas eram esculturas de Bordalo Pinheiro que Joana de Vasconcelos cobru exteriormente com crochet açoreano, dando à peça um aspeto completamentre diferente. Aplicou também o crochet açoreano na decoração de azulejos da Viúva Lamego…
Mas o que me interessa aqui sobretudo acentuar é que a Exposição de Joana de Vasconcelos estava perfeitamente integrada na coleção permanente. Mas isso não impedia que, como eu, o visitante praticamente só olhasse para os trabalhos de Joana de Vasconcelos, que estavam assinalados com legendas explicativas.
Com certeza que uma visita guiada bem feita valorizaria a visita, mas convém assinalar que, mesmo sem a visita guiada, a visita foi muito interessante.
Desta visita, parece poder concluir que, ao organizar-se uma exposição, pode-se sempre sobrepor a uma coleção permanente outra coleção completamente diferente (como fez com sucesso Joana de Vasconcelos), em que a visibilidade desta pode ser assegurada.
Com as devidas proporções, penso que esta ideia, com a necessária correção, poderá vir a ter alguma aplicação na Coleção Visitável do RT.