Autor : Coronel Eng,º de Transmissões Fernando Eduardo Tinoco Barradas

1. PESSOAL

Quando cheguei a Moçambique, em Fevereiro de 1966, existiam apenas dois oficiais do Quadro Permanente:

  • Cap. Simões, desempenhando as funções de Cmdt. Tms. no Q.G da Região Militar de Moçambique (R,M.M.) e Cmdt. da Companhia de Tms, aquartelada no Agrupamento de Engenharia;
  • Cap. Abreu, desempenhando as funções de Chefe da Delegação do Serviço de Telecomunicações Militares (S.T.M.).

Começava nesta época a criação do Q.G. em Nampula, para onde fui destacado durante cerca de três meses com o pomposo título de Comandante das Transmissões da Zona de Intervenção Norte, com a missão de elaborar as Instruções Táticas de Transmissões.

Entretanto chegaram, creio que em Maio:

  • Ten.Cor. Aranda, Cmdt. Tms. da Região Militar de Moçambique (R,M.M.), em Lourenço Marques.
  • Maj. Corte-Real, Adjunto do Cmdt. Tms. da R.M.M.
  • Cap. Mateus da Silva, Cmdt. da Companhia de Trms.
  • Cap. Ferreira Correia, que me substituiu em Nampula.

Portanto, assumi as funções de Chefe da Delegação do S.T.M. em Maio de 1966. Fui substituído pelo Cap. Lima, em Abril de 1968.

Já regressado à Metrópole, soube que durante a comissão tinha passado a desempenhar as funções de Cmdt. Destacamento do S.T.M. e que o Chefe da Delegação passara a ser o Cmdt. Tm., neste caso o Ten.Cor. Aranda.

Desfile em Lourenço Marques

2. REDES

As ligações exteriores, a Lisboa e Luanda, eram feitas através de Lourenço Marques, única estação com emissão e recepção separadas.

O Centro Receptor estava localizado na sede do S.T.M., no Agrupamento de Engenharia e o Centro Emissor na Machava; a ligação era feita por VHF.

Na R.M. o S.T.M. tinha as seguintes redes:

  • Vila CabraI, Marrupa, Nova Freixo e Metangula, no Niassa
  • Porto Amélia, Mocímboa da Praia e Mueda, no Cabo Delgado
  • Nampula, Vila Cabral e Porto Amélia, na zona Norte
  • Beira, Mocuba, Vila Pery e Tete
  • Lourenço Marques, Beira e Nampula

3. MATERIAL

As ligações exteriores eram asseguradas por emissores e receptores Marconi; havia também um emissor Standard de 300 watt, mas que não funcionava a mais de 75 watt.

No final de 1967 recebemos um emissor Standard de 1 kW, que não cabia no Centro Emissor. O pedido de verba para ampliação foi recusado; ficou encaixotado.

As redes internas eram equipadas com Standard Electric 75watts da Comp. Tms.( ! ).

Entretanto, com verbas da R.M. foi aberto um concurso e foram adquiridos, salvo erro, 10 equipamentos Marconi de 100watts, que serviram para reforçar as redes existentes.

Se bem me recordo só havia rede telefónica automática em Lourenço Marques.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *