Post do MGen Pedroso Lima, recebido por msg:
Integrada nas comemorações do 4º aniversário do Museu Militar de Elvas, presididas pelo TGen Campos Gil, Vice-Chefe do Estado Maior do Exército, realizou-se, em 7 de novembro, a inauguração do Núcleo de Transmissões do Museu Militar de Elvas.
As cerimónias mereceram largo destaque nos órgãos de comunicação da cidade encontrando-se na net, poucas horas depois, o relato da cerimónia e uma ampla cobertura fotográfica incluindo a inauguração do Núcleo de Transmissões, a que dedica uma reportagem fotográfica com várias dezenas de fotografias.[1]
A Comissão da História das Transmissões Militares (CHT), convidada a assistir às cerimónias, esteve presente com uma delegação de 11 elementos, encabeçada pelo general Garcia dos Santos.[2]
As cerimónias demonstraram o crescente dinamismo e capacidade do Museu Militar de Elvas, com a notória valorização das suas coleções.
O núcleo de Transmissões vem constituir uma mais valia e um novo motivo de interesse para o Museu.
No discurso que proferiu, o MGen Santos de Carvalho, atual Diretor da Historia e Cultura Militares do Exército, realçou o papel fundamental do apoio que a CHT prestou à execução deste projeto e afirmou que a Arma de Transmissões constituía um exemplo para todas as outras Armas do Exército no sentido de estarem presentes no Museu Militar de Elvas, como considera ser desejável.
Em relação a esta referência altamente elogiosa à atuação da CHT[3] neste processo que levou à inauguração do Núcleo de Transmissões no Museu convém não esquecer o papel da Direção de História e Cultura Militares e o do Museu Militar de Elvas, responsáveis por todo o processo museológico e pela orientação das obras de adaptação do edifício, o que fizeram com inquestionável brilho.
Penso, assim, que a Direção da História e Cultura Militar está de parabéns pela forma brilhante como soube cumprir o objetivo estabelecido pelo Chefe do Estado Maior de por de pé o Núcleo de Transmissões, integrando e coordenando os diferentes intervenientes.
Em minha opinião, o Núcleo constitui uma evidente mais valia para o atual Museu, esperando que constitua também mais um motivo de atração para os visitantes.
A continuação desta excelente coordenação de esforços assegurará o dinamismo da evolução do Núcleo, como é desejável.
Não ficaria bem comigo próprio se não aproveitasse a oportunidade para evocar uma figura cuja ação constitui a origem remota da inauguração do Núcleo de Transmissões do Museu Militar de Elvas.
Com efeito, se não fosse a ação do coronel Guilherme Bastos Moreira, que durante décadas se dedicou à construção da notável da coleção de material que constitui a CV do RT, não teríamos hoje o Núcleo de Transmissões em Elvas.
A sequência de factos que antecedem a criação deste núcleo Museológico de Transmissões pode ser vista da seguinte maneira:
- Em 2002 morreu o cor Bastos Moreira, pondo em causa a continuidade da CV do RT. A pedido do Comandante do RT[4] foi criado o “Grupo dos amigos do Museu” (mais tarde integrado na CHT) que conseguiu a reabertura da CV.
- Em 2008, a pedido da Fundação Portuguesa das Comunicações (FPC), o Exército aceita participar numa exposição organizada pela Fundação relativa às comunicações das Forças Armadas, na qual o material exposto era fundamentalmente da CV do RT.
- Esta exposição temporária teve sucesso, esteve aberta ao público cerca de um ano, mas teve como consequência que a CV esteve fechada e só conseguiu reabrir no corrente ano.[5]
- A CHT, em 2009, após terminada a exposição da FPC, propôs ao general CEME a remodelação da CV do RT, de acordo com a experiência colhida e com o apoio da FPC.
- O general CEME concordou com a proposta mas determinou que a DHCM, com o apoio da CHT, constituísse o Núcleo de Transmissões no Museu de Elvas, que quatro anos depois é agora concretizado.
É evidente que a criação do Museu Militar de Elvas em 2009, a exposição da FPC (que deu projeção à CV do RT), a decisão do general CEME de instalar o Núcleo em Elvas e o apoio que deu ao projeto, bem como as atuações da DHCM, Museu de Elvas e da CHT na execução do projeto, levaram a que ao fim de quatro anos tivesse sido possível a inauguração do Núcleo.
Porém, nada disso teria sido possível sem os notáveis legados – a coleção de material de transmissões e as “Notas” que escreveu – que devemos ao saudoso coronel Bastos Moreira e que, sobretudo em momentos como este, parece da maior justiça recordar.
[1] Acesso através do Google com entrada “aniversário do Museu Militar de Elvas”.
[2] De referir que cerca de um ano antes, a CHT fez uma visita ao Museu (Ver post de 18 de Novembro de 2012).
[3] Os elementos da CHT que mais se distinguiram neste processo de criação do Núcleo de Elvas foram o MGen Pena Madeira e o coronel Costa Dias
[4] Coronel Edorindo Ferreira
[5] O grande impulsionador desta remodelação, feita a pedido do Comandante de RT, foi o coronel Costa Dias
Falta o Posto Radio Militar junto ao Castelo. Fui chefe Radiotelegrafista entre 1967 e 1970