1. HERÁLDICA E VEXILOLOGIA
Brasão de Armas e Estandarte da EPT
a. Estandarte Nacional
O Estandarte Nacional à responsabilidade da EPT ostenta as seguintes condecorações:
- Título de Membro Honorário da Ordem Militar de Cristo: concedido por Alvará de 8 de março de 2006 da Presidência da República (Diário da República n.º 73, 2.ª série, de 12Abr06, pág. 5461; OE n.º 6, 1.ª série, de 30Jun06, pág. 141).
- Duas Medalha de Ouro de Serviços Distintos:
- 1ª Medalha – atribuída ao BTm4 (Diário da República n.º 17/95, 2.ª série, de 20Jan95, conforme Mensagem n.º 2172 Processo 5.36, de 22Dec94 do COFT);
- 2ª Medalha – atribuída pelo Presidente da República nos termos do artigo n.º 33, n.º 1, do Decreto-lei 316/2002, de 27 de dezembro publicado no Diário da República n.º 189, 2.ª série, de 1 de outubro de 2013 e na OE n.º 3/2014.
- Título de Membro Honorário da Ordem da Liberdade: concedido por Alvará de 25 de maio de 1999, da Presidência da República, publicado no Diário da República n.º 138, 2.ª série, de 16Jun99, OE n.º 7, 1.ª série).
- Cruz de Guerra de 1ª Classe (França 1918): concedida em 1918 à 3ª Companhia de Sapadores Mineiros, que combateu em França durante a 1ª Guerra Mundial [OE n.º 10 (2ª série), de 10Jul1920, pág. 428].
O Estandarte Nacional à responsabilidade da EPT ostenta a “Legenda de Honra”:
- Grande Guerra (França e África) Givenchy, 1918 (Decreto n.º 14 362 de Sua Exa. o Ministro da Guerra e OE n.º 9, de 26 de setembro de 1927);
- Índia 1961;
- Angola 1961.
b. Brasão de Armas
Descrição:
Nos termos do despacho do general CEME de 28Jan81 (publicado na OE de 31Mai81), foi aprovado o modelo do Brasão de Armas da EPT.
- Escudo azul, oito raios elétricos de oiro apontados ao meio do chefe, à ponta, aos flancos destro e sinistro, e aos cantões destro e sinistro do chefe e da ponta, brocante um castelo do mesmo iluminado e aberto de vermelho, em chefe duas lucernas de oiro, acesas de vermelho e em ponta um livro aberto de oiro.
- Elmo militar prata, forrado de vermelho, a três quartos para a dextra.
- Correia vermelho, perfilada de oiro.
- Paquife e virol azul e oiro.
- Timbre uma garra de leão de prata empunhando seis raios elétricos de oiro.
- Divisa num listel branco, ondulado, sotoposto ao escudo, em letras de estilo elzevir, maiúsculas, de negro: “HONRA E VALOR”.
Simbologia e Alusões das Peças:
- O livro aberto representa a instrução e as lucernas a sabedoria.
- Os oito raios elétricos com um castelo brocante são o emblema tradicional das Tropas de Transmissões.
- A garra de leão de prata alude às armas do Exército.
Representação e Significado dos esmaltes:
- O oiro: nobreza, força.
- A prata: esperança, eloquência.
- O vermelho: fogo, ardor bélico.
- Azul: espaço, lealdade.
2. HISTÓRIA DA UNIDADE
a. Síntese histórica
Data | Evento |
---|---|
1971 | A Portaria n.º 382/71, de 19 de julho, publicada na OE n.º 7, 1.ª série, de 31 de julho de 1971, em face do Decreto-lei n.º 364/70, de 4 de agosto, extinguiu o BT e, em sua substituição, criou a EPT. A EPT manteve-se no Quartel de Sapadores (nova designação atribuída ao Quartel da Cruz dos Quatro Caminhos, em Lisboa) e foi-lhe atribuído o encargo das Transmissões Permanentes (STM). |
1977 | Transferência da EPT para o quartel do Bom Pastor (Porto), por troca com o RTm, materializada a 1 de fevereiro (Decreto-lei n.º 181/77, de 4 de maio). Esta data foi adotada para dia festivo da EPT. |
1993 | A reorganização do Exército (Decreto-lei n.º 50/93, de 26 de fevereiro) criou os OCAD responsáveis pelas áreas funcionais do pessoal, da logística e da formação, e o COFT responsável pelo planeamento e emprego do SFN do Exército. A EPT manteve a dependência hierárquica da RMN, mas passou a depender funcionalmente do Comando da Instrução e do COFT. Em abril, a EPT foi transferida do Quartel do Bom Pastor para o Quartel do Viso (Porto). |
1995 | O dia da EPT e da Arma de Transmissões passou a ser comemorado em simultâneo, a 24 de março (por proposta do TGen AGE, parecer da DDHM e por despacho do TGen VCEME, de 11Jul95). |
2002 | Inaugurado o novo Edifício da Guerra Eletrónica (GE) no aquartelamento do Viso, em 25 de março, materializando a transferência desta capacidade para o Viso. |
2006 | Extinto o Comando e QG da RMN, em 15 de julho, através do Decreto-lei n.º 61/06 de 21 de março, que aprovou uma nova Lei Orgânica do Exército. O Comando da Instrução foi substituído pelo Comando da Instrução e Doutrina, passando a EPT a depender hierarquicamente do CID, através da DF, mantendo a sua dependência funcional ao Comando Operacional. |
2013 | Criada a Escola das Armas, em Mafra, em 24 de maio, no âmbito da Diretiva n.º 59/CEME/13, responsável por ministrar a formação comum na área das comunicações e GE. Extinta a EPT, em 1 de outubro, por despacho do MDN n.º 10 083/2013, publicado no Diário da República n.º 147, 2.ª série, de 01 de agosto. |
b. Heranças da EPT
A EPT (Porto) é a fiel depositária do património histórico das seguintes unidades:
- Regimento de Sapadores Mineiros n.º 2 – 1926, Porto;
- Batalhão de Sapadores Mineiros n.º 2 – 1927, Porto;
- Regimento de Engenharia n.º 1 – 1939, Porto;
- Regimento de Engenharia n.º 2 – 1947, Porto;
- Regimento de Transmissões – 1965, Porto;
- Escola Prática de Transmissões – 1977, Porto.
c. Datas marcantes
- 31 de julho de 1971: criação da EPT, ficando sediada no Quartel de Sapadores, Lisboa.
- 1 de fevereiro de 1977: transferência da EPT para o Quartel do Bom Pastor, no Porto, por troca com o RTm.
- 26 de abril de 1993: a EPT ocupou as suas instalações, no Quartel do Viso, Porto.
- 1 de outubro de 2013: a EPT é extinta.
- 1 de fevereiro e depois 24 de março: dia festivo da EPT;
d. Quartéis ocupados
A Escola Prática de Transmissões, durante os 42 anos da sua existência, esteve aquartelada em três Prédios Militares (PM) distintos:
- Quartel da Cruz dos Quatro Caminhos ou de Sapadores, PM-42/Lisboa (1971 – 1977);
- Quartel do Bom Pastor (PM-12/Porto) em Arca d’Água, Porto (1977 – 1993);
- Quartel do Viso (PM-22/Porto) na Circunvalação, Porto (1993 – 2013).
3. MISSÃO, ÚLTIMO QO E EFETIVOS
a. Legislação de Suporte: QO n.º 33.0.11 aprovado em 12Dec11 por Sua Exa. o Gen CEME.
b. Missão
Ministrar tirocínios, estágios e cursos de formação, promoção e qualificação na área de Transmissões e outros superiormente determinados, para a formação de Oficiais, Sargentos e Praças do Exército. Apronta um CmdBTm, uma CTm, uma CompGE e uma CTmAp.
Possibilidades:
- Ministrar formação de acordo com as diretivas do CID;
- Garantir a prontidão de um CmdBTm, uma CTm, uma CompGE e uma CTmAp;
- Ministrar formação a outros membros e entidades militares e civis ligadas à Defesa Nacional e à Proteção Civil, no âmbito de eventuais protocolos a estabelecer.
c. Último QO
QO da EPT de 2013
d. Efetivos
QO | Existências | Existências (%) | |
---|---|---|---|
Oficiais | 59 | 45 | 76% |
Sargentos | 180 | 94 | 52% |
Praças | 355 | 198 | 56% |
Civis | 10 | 13 | 130% |
TOTAL | 604 | 350 | 58% |
Efetivos da EPT em 2013
Exercício Júpiter 19 apoiado pelo BTm/RTm
4. COMANDANTES
a. No Quartel da Cruz dos Quatro Caminhos ou de Sapadores – Lisboa (1971-1977)
b. No Quartel do Bom Pastor em Arca d’Agua – Porto, (1977-1993)
c. No Quartel do Viso – Porto (1993-2013)
Extrato do Livro:
DCSI, 2023. Arma de Transmissões – 50 anos “Por Engenho e Ciência”, Vol. II, pp 66 a 72