Cap 4. Qualificação superior (licenciatura, mestrado e doutoramento na FCSH/UNL) de 1988 (52 anos) a 2006 (69/70 anos)

– 2006 (23 de janeiro) doutor no ramo de Ciências da Comunicação, especialidade Comunicação e Ciências Sociais – bom com distinção – na “Carta Doutoral” – aprovado por unanimidade – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH/UNL);

Provas de doutoramento (FCSH/UNL – 23 de janeiro de 2006)
Provas de doutoramento (FCSH/UNL – 23 de janeiro de 2006)
Entrega do medalhão e carta doutoral no auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa (Campolide). Reitor da Universidade e Diretor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (2006)
Entrega do medalhão e carta doutoral no auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa (Campolide). Reitor da Universidade e Diretor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (2006)
Jardins da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa acompanhado da mulher no dia da entrega da Carta Doutoral e respetivo Medalhão
Jardins da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa acompanhado da mulher no dia da entrega da Carta Doutoral e respetivo Medalhão

– 1998/99, curso de doutoramento em Ciências da Comunicação (Comunicação e Ciências Sociais). Quatro seminários (Comunicação, Media e Sociedade – bom; Experiência Técnica e Comunicação – 16 valores; Teoria da Cultura e da Técnica – 17 valores e A Ética dos Princípios e a Ética dos Debates – 19 valores), FCSH/UNL;

– 1997, mestre em Ciências da Comunicação, FCSH/UNL, bom com distinção;

– 1993, curso de licenciatura em Comunicação Social, FCSH/UNL, 14 valores;

Bênção das Fitas (final da licenciatura – Estádio do INATEL – 16 de maio de 1992)
Bênção das Fitas (final da licenciatura – Estádio do INATEL – 16 de maio de 1992)

Cap 5. Docência no Grupo Lusófona [ULHT (Lisboa) e ISMAT (Portimão)] de 1996/1997 (passagem à situação de reserva do Exército em março de 1996) a 11 de março de 2013] – professor p158

– 2012/2013

* Professor associado da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) desde 01 de outubro de 2006, grau assumido no ISMAT (Portimão).

* Membro do conselho científico do curso de doutoramento Ciências da Comunicação na Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação (ECATI) da ULHT.

* Docente no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes (ISMAT), aulas das unidades curriculares, Ética Socioprofissional (curso Engenharia Informática), Cultura Visual e Semiótica (curso Design de Comunicação), as duas últimas partilhadas.

* Integra os conselhos geral e pedagógico do ISMAT.

– 2011/2012

* Professor associado da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT).

* Membro do conselho científico do curso de doutoramento Ciências da Comunicação na (ECATI) da ULHT.

* Diretor do curso de licenciatura Engenharia Informática no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes (ISMAT) e docente, aulas partilhadas, nas unidades curriculares Ética Socioprofissional (curso Engenharia Informática), Cultura Visual e Semiótica (curso Design de Comunicação) e Técnicas de Informação e Comunicação (curso Solicitadoria).

* Integra os conselhos científico e pedagógico do Instituto.

2008/09, 2009/10 e 2010/11

* Docente na ECATI/ULHT, unidades curriculares, Comunicação Interna (curso Comunicação Aplicada: Marketing, Publicidade e Relações Públicas), Motivação e Liderança (curso Informática de Gestão)

* Diretor, desde 11 de julho de 2008 e docente, unidade curricular Ética Socioprofissional, do curso de licenciatura Engenharia Informática, no ISMAT.

1996/2007

* Docente na ULHT, professor assistente e depois auxiliar. Unidade curricular Economia, cursos, Ciências da Comunicação e da Cultura (CCC) e de Comunicação nas Organizações – Publicidade, Relações Públicas e Marketing.

* Conselho científico do departamento – 2002/03, 2003/04, 2004/05 e 2005/06 e das duas licenciaturas onde lecionou.

* Membro da equipa de autoavaliação do curso de CCC (2003/04).

* Docente na Academia Militar, unidade curricular Media e Opinião Pública, curso de pós graduação, agora de mestrado, Guerra da Informação – Competitive Intelligence” (vinte horas).

Louvado, 11 de maio de 2005, pelo conselho do departamento de Ciências da Comunicação, Artes e Tecnologias da Informação, pelo trabalho realizado na comissão de autoavaliação do curso de licenciatura, Ciências da Comunicação e da Cultura.

Cap 6. Momentos especiais decorridos ao longo da qualificação superior (FCSH/UNL) e da docência no Grupo Lusófona (ULHT e ISMAT) e na Academia Militar

            Ingresso na universidade [TCor, situação de ativo (52 anos)].
            Delegado de curso. Média final de 14 valores (bom).

Na escolha de curso e universidade colaboraram os camaradas da DAT (Repartição de Estudos Gerais), coronel Cunha Lima e major Ferreira da Silva, havendo hesitação entre Direito e Comunicação Social. Depois da opção pelo último apenas se considerou conveniente exercer o esforço de entrada na FCSH/UTL, na altura e ainda hoje, curso de elevada dificuldade de admissão em relação ao outro existente no ISCSP/UTL, também em Lisboa, ambos em universidades públicas, uma vez que nunca esteve em análise a tentativa de ingresso na Católica, cooperativas ou privadas, já existentes naquela época. A preparação do ingresso através de exame extraordinário de avaliação para ingresso no ensino superior, exigiu cuidada preparação em Português, História e Filosofia tendo havido explicações intensivas por parte de excelente professora (Português) e dois bons professores.

A dificuldade em se conseguir disponibilidade, fácil e voluntária, para o exercício do cargo de delegado de curso (107 estudantes) no último ano da licenciatura (4º ano), obrigou a intervenção dum professor do secretariado. Os estudantes reuniram-se no auditório da Faculdade onde o professor, Doutor Bragança de Miranda, esclareceu que neste caso extremo os estudantes trabalhadores também podiam ser nomeados, fez-se a votação sendo eleito o António Pena. O colega mais velho (tenente-coronel em serviço ativo), poder económico relativo satisfatório, disponibilidade (organizado) para ir aqui ou ali obter livros e apontamentos para todos, pagando a totalidade e na aula dizer aos colegas para colocarem a sua parte na caixa (nunca faltou um tostão – agora seria um cêntimo), revelou-se importante esteio do curso. Nesta função ainda se distinguiu na obtenção de estágios, obrigatórios nessa altura para obter a licenciatura, para os colegas interessados.

A palavra final para esta referência tem a ver como a obtenção da média final de 14 valores, boa absoluta e relativa, sem o esperar, nem ter havido cuidado especial em termos de se jogar a melhor nota, nesta ou naquela unidade curricular, através de exames de 2ª época, melhorias de nota ou até adiamentos para anos seguintes. A regularidade do trabalho, nunca ter faltado a qualquer aula (algumas vezes só com o professor – oficial do Exército não permitia faltas), humildade científica na procura do melhor e organização das tarefas/atividades para a execução dos trabalhos práticos ao longo dos quatro anos. A metodologia utilizada baseava-se na adaptação do método PERT (Project Evaluation and Review Technique), como instrumento de planeamento e controlo, que aprendi no curso para oficial superior frequentado na EPT (Lisboa) em 1972, sendo professor o tenente-coronel Tm (engenheiro civil) Garcia dos Santos (general).

            Ingresso no curso de mestrado [TCor, situação de ativo (58 anos)], autorização militar e começo do trabalho na DST, subdiretor e inspetor, às 07h30

Em 1994 concorri à frequência do curso de mestrado em Ciências da Comunicação, também na FCSH/UNL, concurso desenvolvido através da apreciação de processo curricular e de entrevista pessoal. O concurso para as trinta vagas fez-se a partir de mais de 100 candidaturas, tendo sido admitido.

A frequência do curso, autorizada por despacho de 07 de março de 1994 do brigadeiro diretor da DAMP, na sequência de informação favorável e manifestação de apreço pelo ingresso, por parte do brigadeiro Araújo Geraldes, diretor da DST. A parte letiva, dois semestres (1994/95), realizava-se durante o dia (horas normais de serviço) e as tarefas na DST, subdiretor e inspetor, exigiam, só por isso, trabalho constante, passei a iniciar o trabalho na Infante Santo às 07h30, o que aconteceu até 21 de março de 1966, data da passagem à situação de reserva (60 anos).

            Ingresso no curso de doutoramento [coronel, situação de reserva (62 anos)].
            Turbulência na frequência do curso

O trabalho na Lusófona (Campo Grande) decorria bem, havia um certo poder simbólico com base no currículo militar e posto de coronel do Exército. Em 1997, surge na FCSH/UNL, a sua escola desde 1988, a criação do curso de doutoramento Ciências da Comunicação, incluído na área científica Ciências da Linguagem e da Comunicação. Este primeiro curso realizado em Portugal, com base em natureza interdisciplinar, obrigava os doutorandos desenvolverem a sua investigação numa rede de relações disciplinares constituída por quatro seminários já indicados no ponto 4. A inovação metodológica do novo curso a apetência para mais aprendizagem e a certeza de que a curto prazo se exigia o grau de doutor para docente de ensino universitário, aconselharam a candidatura.

Tudo muito bom antes e durante a frequência do curso podendo indicar-se como gostosa turbulência o que se passou com o seminário da área diferente (25%). A escolha baseou-se no manual “Cursos de Doutoramento da FCSH/UNL, 97/98”, (79 páginas), onde se considerou de frequentar “A Ética dos Princípios e a Ética dos Debates” incluído na área científica Estudos Filosóficos. Momentos antes da primeira aula, em troca de impressões com colegas quando se aguardava o professor, verificou-se que era o único sem qualquer qualificação académica na área. O professor (catedrático de Filosofia) na apresentação declarou ter votado contra no conselho científico sobre a organização dos cursos por não concordar com a frequência/aproveitamento de pelo menos um seminário da área científica diferente do plano da tese. Disse ainda que lhe parecia haver um estudante dos presentes nessa situação pela observação que tinha feito ao currículo de todos. Com alguma coragem e assumido sentido de lealdade e humildade confirmei a minha posição e pedi ajuda a colegas e professores no sentido de fazer boa figura, mas ocorreu da minha parte uma observação que se considera importante. Na passada insistiu-se que a escolha, no momento da candidatura, apenas se baseou na designação do seminário, seu programa e sua bibliografia, mas entretanto tínhamos conhecido o currículo do professor que, como coronel do Exército me agradava, uma vez que colaborava como docente no IAEM (Pedrouços). Pela sua postura (assiduidade a 100% e boa participação nas aulas), empenho no seminário, disponibilidade de professor e colegas para esclarecimentos terminei com 19 valores (muito bom), classificação mais elevada das unidades curriculares, seminários e trabalhos, realizados ao longo dos três cursos, licenciatura, mestrado e doutoramento, frequentados na FCSH/UNL de 1988 a janeiro de 2006.

            Alegrias e aborrecimentos ao longo da docência

Apenas duas palavras para marcar esta alínea dizendo ter havido constantes alegrias e nada a registar de aborrecimentos significativos.

A saída da AM, de que me arrependi, resultou da necessidade de dar satisfação familiar em termos de reduzir envolvimentos quando assumi a direção do curso Engenharia Informática no ISMAT (Portimão). A docência na AM (Lisboa) foi das atividades mais enriquecedoras em termos de envolvimento científico, metodologias pedagógicas e ligação aos camaradas/colegas professores. Em termos de influência esclarecedora ajudei a prestigiar a pós graduação, agora curso de mestrado, e as minhas ideias contribuíram para valorizar o processo de criação do curso de mestrado em Ciências Militares.

No respeitante ao percurso de criação, implantação e acreditação do curso Engenharia Informática no ISMAT, Portimão, desde o desafio para o fazer em maio de 2008, até março de 2013, quando apenas o servi como professor da unidade curricular Ética Socioprofissional, importa registar que foram muitas as alegrias. O curso foi avaliado nos dias 26 e 27 de janeiro de 2012 pela (CAE) Comissão de Avaliação Externa [(três professores, engenheiros, doutorados em Engenharia Informática, de duas universidade portuguesas (FC/UL e FCT/UNL) e uma estrangeira (França)] da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). O resultado da avaliação, acreditação condicional, foi considerado positivo ao nível geral do Grupo Lusófona, conseguindo-se no início do atual ano letivo ter o que se exigia a curto prazo resolvido, nomeadamente: diretor deve ser um doutor na área do curso (481) a tempo integral e plano de estudos deverá ser revisto tendo em conta o equilíbrio entre Ciência da Computação/Informática e Engenharia de Computadores. Tudo se fez: conseguiu-se um jovem engenheiro doutorado em Informática residente na zona para me substituir e os colegas Eng Informáticos com notável esforço conseguiram rever o plano de estudos que foi aceite pela administração do Grupo Lusófona, enviado à Direção-Geral do Ensino Superior, aprovado e publicado no DR de 06 de agosto, permitindo que entrasse em vigor no ano letivo 2012/2013. O relatório da CAE/A3ES, que me dizem que continua a ser observado na internet pela forma como descreve o curso e aponta caminhos para o melhorar, em A.10.4. “Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas”, faz uma referência merecedora de destaque nesta história de vida do seu diretor na altura, “O membro do corpo docente responsável pela coordenação do ciclo de estudos não é um especialista nem em Ciência da Computação nem em Engenharia de Computadores. Embora esta deficiência possa ter sido uma escolha operacionalmente adequada para a criação do curso, precisa de ser urgentemente corrigida (o coordenador deve ter qualificação de doutorado na área central do grau, classificada como 481).

            “Jubilação”

Para cumprir a ideia em terminar a docência universitária aos 75 anos procurei obter da administração do Grupo Lusófona acordo para se realizar no Auditório Agostinho da Silva, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, uma cerimónia de “jubilação”. Na sequência de aprovação realizou-se em 13 de janeiro de 2011 a jubilação especial, inspirada no mundo académico (professores catedráticos com 70 anos de idade). O ato foi presidido pela Dra Conceição Soeiro (Direção da COFAC – Cooperativa que integra o Grupo Lusófona) estando na mesa o Reitor da ULHT, o TenGeneral Quesada Pastor (Diretor Honorário da Arma de Transmissões) e os Professores Bragança de Miranda (Diretor da Escola de Comunicação, Artes e Tecnologias da Informação/ULHT) e Manuel José Damásio (Administrador Adjunto do Grupo Lusófona).

jubilaçao-Pena_FlyerA “jubilação” interligou três percursos: carreira militar; qualificação de âmbito superior e docência universitária. Naquele espaço temporal (19h00 às 21h00) notou-se apreço do mundo académico pela presença de camaradas militares de visibilidade mediática como o general Loureiro dos Santos e os coronéis Otelo Saraiva de Carvalho e Vasco Lourenço e muitos outros, nomeadamente major-general Presidente do Conselho da Arma, camaradas da CHT e representações da AM, CM, EPI e RT, com os seus oficiais fardados, tendo havido casa cheia.

A festa foi importante ficando neste texto a flyer a anunciar o evento e a primeira mensagem escrita que recebi após a cerimónia, com coincidência muito agradável foi do camarada da CHT, tenente-coronel Tm, Eng eletrotécnico, Jorge Golias:

De: Jorge Golias [jorgegolias@sapo.pt]
Enviado: quinta-feira, 13 de Janeiro de 2011 23:05
Para: António Pena

Meu Caro Professor Doutor António Pena:

Fiquei feliz com a tua felicidade, hoje.
Tiveste casa cheia de gente que te respeita e que admira a tua fantástica história de vida.
Gostei de ouvir os representantes da Universidade sobre o que foi a tua passagem por essa outra tua vida profissional.
Gostei do teu flasback e da tua simbólica aula magistral. Soubeste citar em excursos do discurso as pessoas que te tocaram por alguma razão ao longo da tua vida militar e académica.
Empreguei a palavra excursos porque a vi num teu slide e a conheci através das minhas pesquisas ao J.L. de Vasconcelos.
Soubeste usar a difícil arma do humor e cativaste a assembleia.
Enquanto ias falando ia-me lembrando de que subiste a pulso, sem nunca pisar ninguém. Ia recordando a tua sempre disponibilidade para ajudar quem precisa a encontrar soluções, fazendo sempre tu parte delas. Ia trazendo à memória que nunca me apercebi que pagasses na mesma moeda aos que te criticaram e atacaram sem razão: antes pelo contrário, continuavas pronto a ajudar, ou seja, sabias perdoar.
Vejo-te hoje, como sempre te vi: uma força da natureza”!

Recebe o meu abraço de Parabéns.
Jorge Sales Golias”

Cap 7. Sócio Efetivo da Revista Militar desde 1993 – Participação nos corpos gerentes

A entrada no mundo da Empresa da Revista Militar, fundada pelo tenente do Real Corpo de Engenheiros do Exército, Fontes Pereira de Melo, em 01 de dezembro de 1848, que se publica desde janeiro de 1849, fica a dever-se ao desafio que me fez o coronel de Artilharia Ribeiro Soares na Messe de Oficiais de Caxias em dezembro de 1988. O coronel, ao ter conhecimento do meu ingresso no curso de licenciatura Comunicação Social da FCSH/UNL, sugeriu que na unidade curricular História dos Media procurasse desenvolver um tema relacionado com a Revista Militar no trabalho prático individual. Assim aconteceu com estudo profundo da revista, trabalho designado “Influência da Revista Militar na vida cultural portuguesa – Perspectiva histórico-militar do período da segunda época, 1904/1905” e, mais tarde, um artigo sobre o assunto publicado e o ingresso em 1993 como sócio efetivo.

A forma de alguma novidade para se registar a honrosa situação de sócio efetivo da Revista Militar (máximo de 60 quando entrei e agora 70, podendo ser oficiais da Armada, Exército, Força Aérea e Guarda Nacional Republicana), pode fazer-se através de algumas recordações começando por salientar: sócio efetivo (1993), vogal suplente do conselho fiscal (1996 e 1997), vogal efetivo do conselho fiscal (1998), vogal suplente da direção (1999), vogal efetivo da direção (2000) e vogal efetivo da direção – escolhido para diretor-gerente do executivo da direção (2001 a 2008).

Revista Militar. Almoço Festivo – Natal de 1994. O almoço realizou-se na Cooperativa Militar seguindo-se a Assembleia Geral da Revista
Revista Militar. Almoço Festivo – Natal de 1994. O almoço realizou-se na Cooperativa Militar seguindo-se a Assembleia Geral da Revista

Editoriais de janeiro de 2001 (início do trabalho como diretor- gerente) sendo presidente da direção o general Espírito Santo que, no seu editorial, considerou como objetivos, CONTINUIDADE, na finalidade, princípios e regras e como proposta tornar a Revista Militar mais conhecida na Sociedade, especialmente no meio académico e mais atrativa aos jovens oficiais dos ramos das Forças Armadas para expressarem as suas ideias pelos assuntos militares e da Defesa Nacional. O diretor-gerente referiu naquela data: “A Revista reúne potencialidades para provocar alterações de comportamento em relação ao Campo Militar, entrosando a actividade editorial com o debate promovido em eventos culturais do seu âmbito, por forma a interligar, Informação (ouvir, ler, ver ou sentir, mas não intervir), Comunicação (criar condições para estabelecer o diálogo, interactividade, feedback) e Conhecimento (resultado final, enriquecimento cultural e científico)”.

No âmbito da importância do acervo da Revista Militar para enriquecimento cultural e científico dos atuais mundos Militar e da Segurança e Defesa, posso testemunhar essa valência por ter preparado o artigo publicado em junho de 2010, Curso de Doutoramento em Ciências Militares, onde se procura justificar a Ciência Militar para a sua interligação no processo académico e científico em desenvolvimento em Portugal. Para este trabalho estudei e tirei notas de 66 números da Revista (destacando 130 editoriais e artigos) observados desde janeiro de 2001 até novembro de 2009. Naturalmente estudei outras fontes e contributos de última hora, como sejam conceitos do discurso do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em Oslo, ao receber o Prémio Nobel da Paz; do oportuno comentário do professor Adriano Moreira apresentado no IESM no lançamento do livro do general Loureiro dos Santos, “As Guerras que já aí estão e as que nos esperam – se os políticos não mudarem.”, e, como é evidente, da obra.

Revista Militar – Cerimónia realizada no Porto
Revista Militar – Cerimónia realizada no Porto

Os treze anos de caminhada nos corpos gerentes da Revista Militar provocaram que tivesse sido condecorado com a Medalha de Mérito Militar de 1ª Classe (17 de dezembro de 2009). A propósito desta condecoração, concedida na situação de reforma, transcrevo de documentos sobre o assunto:

– O texto da OE menciona “que o Coronel Pena nunca esqueceu a sua condição de Oficial do Exército, revelando excepcionais qualidades e virtudes militares, com relevância para a lealdade, abnegação e sentido do dever.

Pena medalhas– No respeitante à colaboração do diretor-gerente para “que a Revista mantivesse uma excelente qualidade e fosse distribuída atempadamente e com regularidade”, pareceu-me oportuno realçar que essa valência foi altamente influenciada pela perfeita e atempada interligação com todos os membros da direção, nomeadamente com o diretor-administrador, com a permanente disponibilidade para incentivar, mas também trabalhar, do seu presidente, general Espírito Santo, com ajuda técnica de excelência e permanente do comandante Dias Correia e o sentido de aprendizagem aliado a disponibilidade e vontade de inovar dos militares dos serviços administrativos da Empresa.

– A carta que enviei aos sócios efetivos da Empresa da Revista Militar com o objetivo de dar a conhecer o meu agrado pela condecoração resultou da sua divulgação no boletim de informação do Grupo Lusófona de julho, CASOS DE TALENTO e no Boletim da Associação dos Pupilos do Exército de julho a outubro, PUPILOS DISTINGUIDOS, mas quando o fiz nunca pensei que resultassem respostas tão agradáveis e generosas de sócios efetivos da Armada, Exército e Força Aérea, que de um modo geral salientaram a importância do “Exército estar atento aos desempenhos que valorizam a Instituição Militar mesmo realizados na situação de reforma.

Cap 8. Colaborações voluntárias

         Ao longo dos anos surgiram convites, talvez melhor, exigências (desafios), para me envolver em diversas atividades das quais se destacam: colaboração na administração do prédio onde mora (como por exemplo este ano no mandato 2012/2013); Casa de Convívio, Cultura e Recreio de Vargos (CCCRV), lugar do concelho de Torres Novas onde nasci e vivi; Paróquia de Paço de Arcos (Igreja Católica) e Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos.

Na sequência da forma como se tratou a vivência na Empresa da Revista Militar, tendo presente eventuais interesses pedagógicos por parte de quem possa consultar este texto, optei por deixar apenas algumas referências de tempos vividos em cada ocasião:

– A colaboração na administração do prédio é exercida em mandatos de dois anos assumidos por dois condóminos.

– Casa de Convívio, Cultura e Recreio de Vargos (dois mandatos de dois anos cada espaçados no tempo). Atualização dos estatutos e Festa de Verão.

– Paróquia de Paço de Arcos (Igreja Católica). A colaboração terminou em 2008 pela necessidade de abandonar acumulações ao assumir a direção do curso de licenciatura Engenharia Informática no ISMAT (Portimão). Na paróquia coordenava o grupo ecumenismo e diálogos inter-religioso e intercultural.

– Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço Arcos (presidente da direção – mandato 2000/2001). O convite surgiu em agosto de 1999, feito pela presidente da direção, Dra Aline Bettencourt, que me conhecia de ouvir falar e de observadora da colaboração que se prestava na paróquia, na altura apenas leitor dominical. Após pressão de pessoas de Paço de Arcos e de algumas contrariedades pessoais aceitei a missão. Na sequência do ato eleitoral e tomada de posse preparei pormenorizado PERT para o mandato. O projeto incluía 45 atividades/tarefas e 32 acontecimentos distribuídos pelos 24 meses de 2000/01. Destaca-se a atividade “Análise e decisão pessoal sobre disponibilidade/vontade para integrar a lista da direcção como presidente face a segundo mandato (cumprir 2+2 anos)”, inscrita para estudo entre 15 de julho e 15 de setembro de 2001, mas o acontecimento final adiantou-se para o início das festas do Senhor Jesus dos Navegantes na reunião normal da direção de 23 de agosto de 2000. Para não prejudicar mais o andamento da preparação da tese de doutoramento decidi não mostrar disponibilidade para segundo mandato.

O que se fez foi do melhor na minha vida de ajuda a outros, excelente relacionamento com os colegas da direção, com o corpo de bombeiros, em especial o seu comando e com os sócios da Associação mais intervenientes. Com agrado e algum orgulho transcrevo a mensagem final dos colegas da direção e do comando do CBV.

“Na despedida de Presidente da Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos (mandato de 2000/2001).

“AO ANTÓNIO DE OLIVEIRA PENA
Amigo, Mentor e Mestre que ao longo do Biénio 2000/2001, Presidiu à Direcção da ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE PAÇO DE ARCOS, desejam os Colegas Directores e o Comando do Corpo de Bombeiros Voluntários, agradecer a Amizade, a Força, o Empenho, o Saber, A Disponibilidade, a Alegria e a Sensatez que sempre lhes transmitiu, contribuindo dessa forma para o Engrandecimento, Prestígio e Valorização da ASSOCIAÇÃO e a União, Harmonia e Solidariedade do CORPO ACTIVO.

PAÇO DE ARCOS, 22 DE DEZEMBRO DE 2001”

A dedicatória, preparada em pergaminho e assinada pelos membros da direção e comando do corpo de bombeiros voluntários, acompanhava a oferta de uma lembrança.

2 comentários em “Cor António Pena – uma notável história de vida (4)

  1. Exmo. Senhor Coronel,
    Meu caro Professor,
    Graças ao seu incentivo resolvi publicar o que havia escrito. Já foram 3 livros e o 4º. em fase de acabamento.
    Ao fazer pesquizas para os meus trabalhos tive oportunidade de verificar os altos serviços que as comunicações sempre tiveram.
    No meu livro: “E no meio corria um rio – Nhamacurra”, vi-me confrontada com a importância VITAL que as comunicações tiveram.
    Uma visita à Revista Militar, para o que espero tê-lo como guia, procurarei aprofundar conhecimentos sobre a importância que nos anos 1880/1915 as transmissões tiveram.
    Ter contado consigo, como meu Mestre e Amigo nesta aventura da escrita tem sido um privilégio!
    Com amizade,
    Maria Saturnino

  2. A Empresa da Revista Militar está disponível para ajudar a Maria Saturnino nas pesquisas sobre o que mais lhe interessa e, naturalmente, tenho o maior gosto em colaborar nessa tarefa. Para além da Revista Militar os âmbitos que lhe têm servido de inspiração e fundamentação para os trabalhos em que continua envolvida tb devem ser procurados no Arquivo Histórico Militar e nas Revistas do período em análise das Armas de Artilharia e de Engenharia.
    Ao dispor para acordar uma metodologia eficiente respeitante à orientação das pesquisas que pretende realizar.

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