1. HERÁLDICA E VEXILOLOGIA
Brasão de Armas do CIE
a. Brasão de Armas
Descrição (EME-DDHM, 1996):
- Escudo de prata, semeado de bilhetas de negro;
- Elmo militar, de prata, forrado de vermelho, a três quartos para a dextra;
- Correia de vermelho perfilada de ouro;
- Paquife e virol de prata e de negro;
- Timbre: uma zebra de prata e de negro;
- Divisa: num listel de branco, ondulado, sotoposto ao escudo, em letras de negro, maiúsculas, de estilo elzevir «SOMOS O FUTURO».
Simbologia e Alusão das Peças:
- O escudo semeado de BILHETAS simboliza o cartão perfurado utilizado como suporte para a comunicação e registo da informação que remonta a 1885, sendo, portanto, o suporte mais antigo. Desde as máquinas clássicas até aos computadores das 1.ª e 2.ª gerações, constitui o suporte principal da recolha da informação e, ainda atualmente, com os computadores da 3.ª geração, continua a ser utilizado;
- A ZEBRA alude aos resultados da informação computorizada que, quando impressos, utilizam como suporte um tipo de papel contínuo e com listas transversais que, universalmente, se identifica com a informática;
- A DIVISA indica que a Informática se perspetivava como a Ciência e a Técnica do futuro;
Os Esmaltes Significam:
- A PRATA significa a riqueza dos trabalhos obtidos e o silêncio com que são desenvolvidos;
- O NEGRO significa a modéstia e a honestidade dos informáticos.
2. HISTÓRIA DA UNIDADE
a. Síntese histórica
Data | Evento |
---|---|
1959 | Criado o Serviço Mecanográfico do Exército (SME), em Lisboa, em 7 de outubro pelo Decreto-lei n.º 42 564. |
1960 | Entre 1960 e 1962, numa dependência do Estado-Maior do Exército, foi montado o primeiro Centro Mecanográfico. O SME generalizou a utilização de cartões mecanográficos, passou a elaborar os editais de incorporação e a realizar diversos trabalhos na área da mecanografia do Exército. |
1963 | O SME foi transferido para instalações no largo da Graça (Lisboa), tendo uma responsabilidade crescente nas operações de recrutamento, administração de pessoal e fiscalidade. |
1975 | Face ao avanço de informática, o SME mudou de designação para Serviço de Informática do Exército (SIE). |
1978 | Criado o SIE e extinto o SME, pela Portaria n.º 50/78 de 25 de janeiro, baseada no Decreto-lei n.º 329-B/75, de 30 de junho. |
1989 | Integração do SIE na Arma de Transmissões, em 1 de janeiro, passando o Diretor da Arma de Transmissões a ser, cumulativamente, Diretor do SIE, na dependência direta do general VCEME (Despacho n.º 94/88, de 28Nov, Gen CEME), passando o SIE a designar-se por Direção do Serviço de Informática do Exército (DSIE). |
1992 | Por despacho Conjunto do Ministro da Defesa Nacional e das Finanças, foi atribuída ao Serviço de Informática do Exército a designação de “Serviço de Informática de Grande Dimensão”. |
1993 | Criado o Centro de Informática do Exército (CIE), em 28 de fevereiro, pelo Decreto-lei n.º 50/93, sob a chefia de coronel, na dependência hierárquica do general VCEME e logística do Diretor dos Serviços de Transmissões. Na mesma data, foi extinta a DSIE. Aprovado o QO de pessoal do CIE, por despacho de Gen CEME, de 1 de outubro. Apresentação do PDI pelo primeiro diretor do CIE, Coronel Alcide d’Oliveira. Início do desenvolvimento do projeto RRING, com os módulos RFW e RHW. |
1994 | O CIE foi colocado na dependência hierárquica do VCEME, pelo Decreto Regulamentar n.º 47/94, e considerado um órgão técnico territorial, organizado para o tratamento automático da informação. |
1996 | A aplicação RFW ganhou o prémio Descartes, no âmbito da ciência informática para a Administração Pública. |
2006 | Publicada a Lei Orgânica do Exército de 2006 (Decreto-lei n.º 61/2006) determinando a extinção do CIE. |
2007 | Extinto o CIE em 1 de setembro. |
b. Heranças do CIE
O CIE foi o herdeiro das tradições militares e do património histórico da DSIE.
c. Datas marcantes:
- 7 de outubro de 1959: foi criado em Lisboa, o SME;
- 25 de janeiro de 1978: foi criado o SIE e extinto o SME;
- 1 de janeiro de 1989: integração do SIE na Arma de Transmissões, passando o Diretor da Arma a ser, cumulativamente, Diretor do SIE que se passou a designar de DSIE;
- 28 de fevereiro de 1993: foi criado o CIE e extinta a DSIE;
- 1 de setembro de 2007: o CIE foi extinto;
- 7 de outubro: Dia do CIE.
d. Quartéis ocupados
- Criado pelo Decreto-lei n.º 42 564, de 7 de outubro de 1959, o SME começou por funcionar em instalações cedidas pelo Estado-Maior do Exército.
- Em 1963, o SME ocupou instalações do edifício do 1º G.C.S., no largo da Graça.
- Em 1978, o SIE e, posteriormente, o CIE ocuparam um edifício no PM n.º 203 em Lisboa, localizado na Avenida Alfredo Bensaúde.
3. MISSÃO, ÚLTIMO QO E EFETIVOS
a. Legislação de Suporte:
Quadro Orgânico do Centro de Informática do Exército n. º 5.8.810, aprovado por despacho do general CEME, de 01Out93.
b. Missão
Apoiar as atividades do Exército no âmbito do tratamento automático da informação; colaborar na elaboração dos planos de informática e assegurar o seu cumprimento nos prazos estabelecidos.
Atribuições:
- Colaborar na elaboração dos planos de informática a longo, médio e curto prazos; e assegurar o seu cumprimento nos prazos estabelecidos;
- Desenvolver estudos, sob o ponto de vista informático, dos sistemas de informação do Exército, para encontrar soluções informáticas mais eficientes esses sistemas;
- Conceber, desenvolver e implementar os projetos para tratamento automático da informação, através da utilização de equipamento informático;
- Estudar as aplicações informáticas em funcionamento, solucionando os diferentes problemas apresentados pelos Centros de Informática dos Comandos Territoriais;
- Pronunciar-se sobre as alterações aos procedimentos existentes que venham refletir-se nas aplicações informáticas;
- Propor a adoção de metodologia e técnicas mais avançadas no domínio da informática, indicando os meios humanos e equipamentos necessários ao tratamento automático da informação de forma útil e racional;
- Superintender tecnicamente nas atividades da área de informática nomeadamente, na formação de pessoal;
- Garantir a exploração dos elementos ou dados fornecidos pelas aplicações informáticas, detetando a origem das anomalias verificadas e avaliando o seu interesse e eficácia.
c. Último QO
QO do CIE de 1993
d. Efetivos
QO | Existências | Existências (%) | |
---|---|---|---|
Oficiais | 39 | – | – |
Sargentos | 18 | – | – |
Praças | 15 | – | – |
Civis | 58 | – | – |
TOTAL | 218 | – | – |
Efetivos do CIE em 1993
4. CHEFES E DIRETORES
a. Serviço Mecanográfico do Exército (Chefe):
Chefes | Data |
---|---|
Maj Art João Soares Victor de Sousa Vairinho | (1960-1964) |
Cor Cav António Feliciano Pereira Rabaça | (1964-1974) |
Cor Inf Jorge Inglez Gancho Pereira de Carvalho | (1974-1975) |
Maj Art Humberto Lopes da Rosa Neto | (1975-1976) |
Cor Inf João Luíz de Sousa Alves | (1976-1978) |
Chefes do SME (1960-1978)
b. Serviço de Informática do Exército (Diretor):
Diretores | Data |
---|---|
Cor Inf João Luíz de Sousa Alves | (1978) |
TCor Art João Soares de Carvalho | (1978-1980) |
Cor Inf João Luíz de Sousa Alves | (1980-1982) |
Cor Tm (Eng.º) Lino José Góis Ferreira | (1982-1988) |
Diretores do SIE (1978-1988)
c. Direção do Serviço de Informática do Exército (Subdiretor):
d. Centro de Informática do Exército (Chefe):
Extrato do Livro:
DCSI, 2023. Arma de Transmissões – 50 anos “Por Engenho e Ciência”, Vol. II, pp 37 a 42