Cap 9. Hoje, 18 de março de 2013, ao terminar esta história, referem-se alguns trabalhos em que estou envolvido

Para além da ligeira colaboração na CHT, por falta de disponibilidade para participação presencial todas as semanas (10h00/15h00 – quintas-feiras) no RT ou AHM, atitude que se considera indispensável para criar condições de fácil adesão às suas ideias e práticas, estou na docência no Grupo Lusófona e no conselho deontológico da Associação de Oficiais das Forças Armadas.

A docência, 2º semestre, ano letivo 2012/2013, engloba as unidades curriculares Ética Socioprofissional (curso de licenciatura Engenharia Informática) e Semiótica (curso de licenciatura Design de Comunicação), esta em colaboração exigindo apenas intervenção em dois módulos (três + três horas). No cumprimento do acordado na primeira aula, os estudantes, em conjugação de esforços com o professor, envolvem-se em dois dos quatro trabalhos em que está envolvido. Os temas incluídos em projetos a realizar em 2013 são os seguintes: Manuel Teixeira Gomes e a Primeira Guerra Mundial; Engenharia Informática excelente área de trabalho para a mulher; Envelhecimento ativo – Realidade em marcha; A prevenção é connosco: novo paradigma para os bombeiros do século XXI, este já publicado, revista eletrónica GOT (Geografia e Organização do Território) de dezembro de 2012. A metodologia consiste na preparação de um texto base de 20 000/30 000 carateres e sua adaptação para se apresentar em três tipos de apresentação oral: período de 90 minutos (60 para debate); 60 minutos (40 para debate) e cinco minutos (dois para debate).

A turma de Ética Socioprofissional escolheu “Manuel Teixeira Gomes e a Primeira Guerra Mundial” para se envolver em termos de adquirir competências de comunicabilidade, tendo já recebido, aula de 11 de março, orientação oral e escrita de que se transcreve parte.

“Exemplo do PERT (Project Evaluation and Review Technique) ‘Técnica de elaboração e de controlo de projetos’ aplicado a um projeto real

No projeto de comunicabilidade (baseado no diagrama funcional) joga-se a esfera de conhecimentos, práticas e competências, também nos aspetos de gestão e liderança, cuidando da programação das tarefas para realizar o trabalho utilizando o Project Evaluation and Review Technique (PERT) como instrumento de planeamento e controlo. O método de programação de tarefas, com base na adaptação do PERT é importante para controlar o tempo, pelo que importa utilizá-lo nos aspetos da vida corrente. Como base de estudo salientam-se as primeiras páginas do livro constante da bibliografia: representação gráfica; tarefas, operações designadas por atividades, representadas por setas (existência de atividades/setas fictícias); acontecimentos (inicial e final, representados por dois círculos) e tempo (expresso em gráfico por dias, semanas, meses ou anos). Trabalho a realizar, na sequência da escolha dos estudantes, no semestre normal de aulas: Manuel Teixeira Gomes e a I Guerra Mundial.

TAREFAS/ATIVIDADES (dez).

A, B, C, D, E, f, G, H, I, J.

ORGANIZAÇÃO TEMPORAL E GRÁFICA.

– Realização no período 11 de março a 24 de junho de 2013, com controlo às segundas-feiras.

– O gráfico articula-se em tarefas/atividades e acontecimentos, havendo atividades fictícias.

– Preparar o gráfico em computador, com base no entregue na aula em papel quadriculado, por forma a ser facilmente divulgado através de e-mail.”

CONCLUSÕES

         Esta história de vida orientou-se para o real, provado, afastando-se de um certo aligeiramento romanceado.

As referências mencionadas na parte final mostram invulgar atividade atual e revelam, em termos de normal inferência, que até se pode estar no mercado pelo que importa deixar alguns esclarecimentos. Para além das praticadas lealdade, humildade e disponibilidade, militares, valorizadas em meios empresariais dinâmicos é decisiva para contratações/desafios a assunção, provada e comunicada, de elevada qualificação académica (doutoramento em órgão prestigiado) e ligação a importantes mundos militares. Nestes mundos destacam-se, Empresa da Revista Militar, Comissão da História das Transmissões, Conselho Deontológico da Associação de Oficiais das Forças Armadas e, muito importante, fácil ligação a unidades militares do âmbito das Transmissões (EPT, RT e CME).

Confraternização na EPT/Porto em 17JUN2007
Confraternização na EPT/Porto em 17JUN2007
Confraternização do Dia do Eletromecânico, Paço de Arcos, JUN1985
51º almoço do Electromecânico, Paço d’Arcos
Confraternização do Dia do Eletromecânico, Paço de Arcos, JUN1985
Confraternização do Dia do Eletromecânico, Paço de Arcos, JUN1985

Quando se vislumbra a hipótese de se cumprirem sessenta anos de trabalho remunerado (18 de maio de 1954 a 18 de maio de 2014) sem uma única falta ao serviço ou a aulas nos três cursos frequentados na universidade, pelo menos importa explicar como decorreram as passagens pelo hospital e pela FCSH/UNL (Avenida de Berna). As intervenções cirúrgicas decorreram em períodos de férias e os 36 dias de quimioterapia organizaram-se por forma a manter disponibilidade para lecionar às quintas (quatro horas à noite) e sextas-feiras (quatro horas de manhã), baixar ao hospital às segundas (08h30) e sair às quartas (18h30) de quinze em quinze dias, como o cabelo se manteve os estudantes só souberam na última aula por minha informação. A raridade de nunca ter faltado a nenhuma aula, ou outra atividade académica, como estudante desde 1988 a 2006 (FCSH/UNL – Av de Berna) e como docente de 1996/1997 até agora (AM – Paços da Rainha; ULHT – Campo Grande e ISMAT – Portimão) tem a ver com postura militar, com conveniência em dar bons exemplos e honrar a memória do meu pai que também foi sargento e oficial técnico (mecânico auto) estimado no ambiente de elevada exigência da Escola Prática de Cavalaria (Torres Novas e Santarém).

Este trabalho foi realizado com satisfação e norteado pelo impulso e saber do camarada da Arma de Transmissões, engenheiro eletrotécnico, Jorge Golias. O seu e-mail de 13 de janeiro de 2011 (23h05), data da minha “jubilação”, com aquele motivador texto: “Fiquei feliz com a tua felicidade, hoje. Tiveste casa cheia de gente que te respeita e que admira a tua fantástica história de vida. (…) (…) (…) Vejo-te hoje, como sempre te vi: uma força da natureza. (…).
Acompanhou sempre este gostoso texto.

Obrigado.

Paço de Arcos, 18 de março de 2013.

António Pena

11 comentários em “Cor António Pena – uma notável história de vida (5)

  1. Da leitura da sua história de vida retenho as qualidades que a seguir menciono:

    Determinação em alcançar os objectivos a que se propõe;
    Rigor em segui-los em qualidade, quantidade e prazo:
    Organização que imprime a tudo o que se propõe executar;
    A metodologia que utiliza para que o seu dia de 12 horas de trabalho, quando não muitas mais, permite-lhe conseguir realizar as múltiplas tarefas que preenchem o seu dia a dia;
    e a capaciade de trabalho.
    Mas, talvez, aquela que mais admire seja a alegria com que tudo faz, a todos atende.
    A disponibilidade que sempre tem para com o próximo desde o superior hierárquico ao mais humilde é, sem dúvida, a sua marca pessoal.
    O seu sentido de família que, por muito assoberbado que esteja de trabalho com prazos de entrega apertados, o leva a nunca descurar muito pelo contrário a atender desde a tia afastada aos mais próximos.

    Tem sido um percurso de vida com altos valores morais e sem desvios.
    Faço votos de saúde para continuar a dar o apoio de tantos que da sua ajuda, orientação e cuidados necessitam.
    Com admiração e amizade,
    Maria Saturnino

  2. Para mim, que nunca fui tropa, que o que conheço da nobre arte da guerra, é somente a inspeção, na qual passei, há mais de 40 anos, à reserva territorial, ter um chefe militar como diretor de curso, intimidou-me, logo eu que nunca tive medo de chefes. No entanto, a sua maneira de falar, convidativa, simpática e por vezes paternal, fez-me perder todo e qualquer receio.

    O meu nobre amigo e colega de 2008 a 2014, professor e diretor do curso de engenharia informática do Ismat, o qual iniciou, Doutor António Pena, é uma pessoa reta, honesta e direta na sua forma e postura de vida; o que diz é o que faz. Rege-se por normas e valores que do seu jeito foi incutindo em todos nós.

    Mas não devemos só dizer bem, teremos de dizer que é obstinado naquilo que quer fazer. Será que é um defeito? Perto dele ninguém pode ficar indiferente. A sua postura é de tal forma que se impõe por si só, levando a água ao seu moinho de uma forma de que nós nem sequer nos apercebemos. Quando menos esperamos, estamos, levados pela sua dialética, a concordar com ele. Pode ter adversários de ideias, mas duvido que tenha inimigos, o que não é fácil para quem é tão frontal nas suas ideias e ações.

    No meu ponto de vista, deu uma nova vida e imagem ao curso, que com maestria tão bem dirigiu. Propôs dignidade, coerência e estilo. Impôs com perícia modos de atuação e técnicas de comunicação entre os diferentes elementos do curso, os professores, os estudantes e os funcionários.

    Não nos esqueçamos também da pontualidade de início e fim das reuniões, nem dos “bolinhos” com que nos presenteava nessas reuniões.

    Após algum tempo do seu afastamento da docência no Ismat, ainda damos por nós a afirmar carinhosamente, “Como o diria o Pena! …”

    Bem Haja amigo Pena
    Francisco José de Melo Pereira

  3. Faço minhas as palavras de Jorge Golias em 13 de Janeiro 2011 “Fiquei feliz com a tua felicidade…” És, sem dúvida, uma FORÇA DA NATUREZA! Parabéns e continua!
    Da tua irmã.

  4. Como nota prévia ao meu comentário, gostaria de felicitar os responsáveis do blog que tiveram a ideia de diligenciar no sentido da publicação de tão notórias Histórias de Vida como esta que ora nos é presente.
    É também meu entender que o sincero débito do texto por parte do autobiografado é de um valor extraordinário enquanto exercício de sinceridade e de partilha de uma intimidade a que, em alguns aspectos, só o próprio sabe entender face ao grau de subjectividade ou imanência de que se possam revestir.
    Neste sentido não teriam cabimento quaisquer comentários, pois é essa a melhor atitude de respeito para quem tão francamente se abre connosco.
    Deixo assim claro que as minhas despretensiosas anotações não se destinam a polemizar ou suscitar a chamada a quaisquer anticorpos que, face a homens de valor, podem eventualmente perspectivar-se em terceiros.
    Faço-as pois, a expressa solicitação do autor:

    – Começo por dizer que também me impressionou a questão do DL nº 37136 de 15NOV48, que tanto te terá prejudicado a vida bem como a outros “Pilões” (alunos do IMPE). Realmente tendo eu terminado a minha carreira militar com Director do IMPE, tive oportunidade de ouvir de antigos alunos, idênticos comentários.
    – Anotei a autêntica saga da promoção a coronel tão tardia, prenhe de injustiça – com perda de diuturnidades e outras óbvias consequências que a posteriori se não podem avaliar, sendo certo que aquelas no domínio do intangível marcam a pessoa e não fora a tua forte personalidade poderiam ser catastróficas.
    Admitindo que terão existido ao tempo razões para tal, não compreendi como um homem íntegro e com grande sentido de justiça como o então CEME, General Garcia dos Santos, não conseguiu resolver uma situação que resultaria em benefício do Exército e da Arma de Transmissões.
    – Anotei, com agrado, a intervenção do Ten. Cor. Pena, enquanto Chefe da Rep. Instrução para a retoma da qualidade de “Engenheiro” para os oficiais da Arma oriundos da AM. Sobre esse assunto, eu lembro-me, do que se me afigurou de populista ideia, do então Brig. Pereira Pinto, quando promoveu o downgrading da formação dos oficiais da Arma na AM, na sequência do 25 ABRIL. Só mais tarde, em 1979, tive conhecimento do problema quando o Director da DAT produziu um documento nesse sentido, intitulado “Problema da Formação de Engenheiros durante o curso da AM como condição essencial para os Oficiais destinados à Arma de Transmissões”, por ele assinado e rubricado nas suas 11 páginas para distribuição a todos os oficiais a fim de sobre ele se pronunciarem. Dei oportunamente o meu testemunho, em tudo contrário ao documento da DAT. Ali afirmei não duvidar das boas intenções do seu autor, mas afirmei que pretendia “discordar da validade dos principais parâmetros e conclusões que o documento encerra” para o que apresentei a correspondente argumentação rebatendo, a meu ver exaustivamente (5 páginas), todos os pontos avançados pelo então Brig. Pereira Pinto. Assinei esse meu parecer em 11JUL1979 e fi-lo chegar à DAT antes de findo o prazo dado para a entrega de comentários (20JUL79). Concluo portanto que o Brig. Pereira Pinto não fez mais que a sua obrigação ao voltar atrás, apoiando o Ten. Cor. Pena, Chefe da Rep. Instrução, na correcção do grave erro que ele próprio originara.
    – Anotei o teu notabilíssimo e muito bem documentado percurso académico.
    – Anotei a tua relevante prestação na Revista Militar e excelente relacionamento com todos os elementos da direcção, nomeadamente o recém-falecido e grande figura que foi o Gen. Espírito Santo.
    – Anotei a tua inestimável actuação e colaboração activa com instituições tão importantes como os Bombeiros Voluntários e a Igreja.
    – Anotei variadíssimos pormenores e situações onde ao longo da tua carreira exibiste uma capacidade de trabalho, desprendimento e poder de organização, salientando, a título de exemplo, o célebre torneio de Futsal onde o jovem tenente teve um êxito clamoroso conferindo um especial lustre à sua Unidade de TM em Angola.
    -Finalmente não anotei, tal como esperaria, que tivesses desenvolvido mais pormenorizadamente a tua condição de filho, de pai, de marido e, sobretudo de avô, onde acho que eras capaz de deixar alguns dizeres interessantes tal a importância, riqueza e dificuldades que julgo teres vivenciado.

    É muito caloroso e grato ao coração podermos ler uma tão linda e exemplar história de vida como esta. Longa, enquanto percurso de uma carreira. Profunda, enquanto mostra de Valores. Simples, enquanto coerente nas atitudes e vinda de quem sempre subiu a pulso.
    Que a Providência não te falte com Sua abençoada protecção.

    Um forte e sempre amigo abraço,

    Bento Soares
    (Barcarena, 17NOV2014)

    1. “-Finalmente não anotei, tal como esperaria, que tivesses desenvolvido mais pormenorizadamente a tua condição de filho, de pai, de marido e, sobretudo de avô, onde acho que eras capaz de deixar alguns dizeres interessantes tal a importância, riqueza e dificuldades que julgo teres vivenciado.”

      Meu caro Major-General, Engenheiro Eletrotécnico, Bom Amigo, Bento Soares, percorrendo o conjunto dos postais nota-se que procurei assumir a “condição militar” do meu pai e imitar a capacidade de trabalho e disponibilidade para os outros da minha mãe. Como pai acompanhei e ajudei, para que conseguissem entrar no ensino superior e assim aconteceu (Medicina, Engenharia e Direito), mas depois seguiram os seus caminhos do pai contando sempre com disponibilidade para ajudar, mas mais em termos de disponibilidade para satisfazer pedidos que pudessem surgir, do que por “empurrão”, querer “estar dentro” dos respetivos ambientes. Como marido talvez fosse de destacar, agora, quando a minha mulher precisa de ajuda permanente, tudo procurar fazer para que sinta que estou por perto, e disponível em prioridade, sempre, o que me parece importante quando tem problemas de saúde que tal recomendam. Na posição de avô talvez seja de destacar que grato estou eu, na situação de apreciar os percursos escolares e académicos dos cinco, através deles estou envolvido no vasto e multifuncional sistema português de ensino. Agora (dezembro de 2014), a mais nova no 8º ano de escolaridade, o irmão no 1º ano do curso de licenciatura Engenharia Mecânica (FE/UP), a neta seguinte no 1º ano de Ciências Farmacêuticas (FF/UL) o irmão de idade a seguir no último ano do curso de mestrado Engenharia Agronómica (ISA/UL) e o neto mais velho a trabalhar em Portugal depois de licenciatura em Gestão com Erasmus na Alemanha e mestrado tb em Gestão (ambos cursos frequentados na FE/UNL). Ambiente familiar normal com muitas dádivas recebidas do conjunto que me permitiram, como disse acima, assumir a “condição militar” na forma que mereceu a distinção de ser tida como merecedora de destaque por parte dos meus camaradas da Comissão da História das Transmissões.

  5. Sobre o Pena já muito se disse. Como militar, como profissional, como professor, como estudioso o seu percurso é notável e brilhante.
    No entanto, eu, que o conheço há mais de 50 anos´através da mulher, minha amiga desde os primeiros anos do Liceu em Santarém, admiro-o como pessoa, como amigo, como um ser humano muito especial.
    Bem humorado, optimista, não se deixando abater mesmo quando a vida prega as suas partidas.
    Sem alarde, porque quer, porque pode, o que nem todos são capazes,ele continua
    na doença como na saúde a ser um marido exemplar,como se o que faz (e faz tanto) fosse a coisa mais natural. E nós sabemos que nâo é.Só uma pessoa com grande capacidade de dar aos outros o faz.
    Por tudo isto, deixo aqui o meu testemunho com um grande abraço de amizade.

    Claudete

  6. Meu caro Coronel Pena,
    Li todos os “posts” referentes à sua História de Vida (e são muitos e enormes no conteúdo e na forma…) e confesso que fiquei impressionada com a capacidade de trabalho, a competência, a seriedade e a vivacidade com que se entrega a tudo (e é tanto!) aquilo que faz. Sente-se que é feliz a trabalhar com os outros e para os outros e como se não bastasse a intensidade das brilhantes carreiras que abraçou – a militar e a académica – tem ainda o voluntariado! Só posso repetir o que lhe disse o Sr. Engº Jorge Golias por ocasião da sua jubilação: “É mesmo uma força da natureza!”. Essa força e essa vida fazem-me lembrar um poema de Ricardo Reis, de que muito gosto e que acho pode ser uma boa e poética definição para o seu modo de estar e de viver:
    “Para ser grande, sê inteiro: nada
    Teu exagera ou exclui.
    Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
    No mínimo que fazes.
    Assim em cada lago a lua toda
    Brilha, porque alta vive.”

    Parabéns e continue a ser tão “inteiro” como tem sido! Continuará, com certeza, a ter admiração, o respeito e a amizade daqueles que o rodeiam. E não será essa a melhor recompensa da vida?
    Um abraço
    Lisete Henriques

  7. Coronel Professor Doutor António Pena

    Conheci o Coronel Pena em 1993, quando ingressou na Revista Militar.
    Começo por referir que, nesta altura, esta secular Revista tinha 60 sócios efetivos, que eram escolhidos entre os oficiais das Forças Armadas, não por razões de hierarquia ou desempenho de funções, mas pela sua atividade na área cultural, em particular com a publicação de artigos neste periódico.
    Refiro ainda que a admissão de novos sócios tem lugar apenas quando ocorrem vagas e mediante deliberação em Assembleia Geral, ou seja seguindo o sistema de cooptação.
    Pelo seu saber, pelo seu entusiasmo e dedicação, o Coronel Pena passou a fazer parte dos órgãos sociais da Revista, a partir de 1996 e aí se manteve durante 13 anos, em particular nas funções de Diretor-Gerente no período de 2001 a 2008. O General Gabriel Espírito Santo era o Presidente da Revista e como homem culto e experiente e mestre da liderança, soube aproveitar plenamente as qualidades e energia do Coronel Pena para dinamizar a Revista e torná-la mais conhecida na sociedade portuguesa e do mundo académico.
    Entretanto o amigo Pena que já havia obtido a sua licenciatura em 1993, completou o seu mestrado em 1997 e iniciou o seu doutoramento em Ciências da Comunicação. Mas, o que mais nos surpreendia a todos, era a naturalidade com que encarava estas difíceis e exigentes provas, como se de tarefa natural se tratasse. Terminou o doutoramento com 70 anos e prosseguiu a sua profícua carreira universitária, à mistura com um envolvimento notável nos domínios da solidariedade. O seu empenho nos trabalhos sociais da paróquia de Paço de Arcos, bem como na Associação de Bombeiros Voluntários da mesma localidade, são notáveis.
    Não acompanhei a carreira militar do António Pena, por eu ter servido na Força Aérea, pelo que me abstenho de fazer comentários. Mas o amigo Pena que conheço há 21 anos é uma força da natureza, um homem pleno de energia, disponível e humano, que serviu o Exército de forma dedicada como tem sido referido por aqueles que com ele privaram.
    Como declarou o poeta inglês William Blake (28nov1857-12ago1827), só há duas espécies de filosofias: – as cisternas e as fontes. As primeiras contêm, as segundas transbordam. O Coronel e Professor Doutor António de Oliveira Pena é um militar notável, um intelectual e universitário reconhecido, uma fonte que transborda em permanência.
    E além de tudo o mais, a sua cordialidade, a sua arte de saber relacionar-se com os outros, o seu sorriso permanente, serão sempre, para mim, uma lição de vida.

    Manuel de Campos Almeida
    Major-General da Força Aérea (Reformado)

  8. Desejo ao Exmº Sr. Coronel António Pena e sua família Boas Festas, com um Feliz Natal 2014 e próspero Ano Novo 2015, sempre com energia demonstrada.

    Amilcar Delgado (*)
    delgado@sapo.pt

    (*) Ex 1º cabo 185/82 Comp. Manut.- Regimento Transmissões

    1. Obrigado caríssimo Sr Amílcar Delgado, antigo militar da Arma de Transmissões. Tb Santo e Feliz Natal e que em 2015 tudo seja, mesmo, Muito Bom para o Amílcar Delgado e sua Família.
      Prometo continuar envolvido com alegria, disponibilidade e energia nos três/quatro mundos onde gostosamente continuo a colaborar.
      Um abraço de agradecimento.

  9. Hoje, 04 de maio de 2015, completam-se seis meses depois da publicação do último (5) post da minha “história de vida”. Como ocorreu em altura de grande dinamização do “futsal” em Portugal, lembrei-me de percorrer a “história” e propor esta resposta.
    Apenas 23 comentários (mais um em fotografia) aparentemente significa pouco impacto, mas tenho de confessar que estou muito grato à CHT e de forma especial aos camaradas da Comissão Jorge Golias e José Manuel Canavilhas, por esta publicação. Muito há a destacar, mas o que me fica é a vontade de continuar a justificar o escrito pelo Jorge Golias (25nov2014) “teimosia de chegar onde é muito mais difícil”. Bem-hajam todas e todos. Obrigado.
    Em termos de ainda esperar comentários saliento que gostava de os observar no post (2), 05dez2014, em especial devido ao “Torneio CUCA – futsal) e post (4) “Qualificação superior (licenciatura mestrado e doutoramento, na FCSH/UNL de 1988 (52 anos) a 23 de janeiro de 2006 (69 anos).
    Em termos de atualizar a minha situação, aos 79 anos,começo por salientar que continuam os problemas de saúde como “cuidador principal da minha mulher” devido a doença de Parkinson (acinésia) e meus por ter havido operação ao intestino (retirados 61 cm devido a neoplasia do cólon), cirurgia realizada em 04 de março de 2010 seguida de internamento (15 dias) e 36 dias de quimioterapia (12 períodos de 3 dias em internamento).
    Do currículo atual (20 de abril de 2015), orientado para: identificação; experiência mais recente; tarefas anteriores; formação académica; áreas de investigação em que se envolve atualmente; carreira militar (Arma de Transmissões do Exército); Prémios e distinções principais; publicações principais (desde 2005); comunicações (desde 2005); atividades atuais (contribuição para competências de nível “soft skills”) e razões principais para concorrer a novo trabalho (outro desafio), transcrevo na íntegra o seguinte.
    * Publicações principais (desde 2005):
    – Manuel Teixeira Gomes: Artista – Homem de ação refletida – Diplomata de mérito. Envolvimento na problemática da entrada de Portugal na I Grande Guerra (1914/1918); in Revista Militar, fev/março2015.
    – Envelhecimento Ativo: realidade profissional e social a exigir novo paradigma de comunicabilidade; in Revista de Comunicação e Cultura, CALEIDOSCÓPIO, nº13, 1ºsemestre 2013, Edições Universitárias Lusófonas.
    – “A prevenção é connosco”: um novo paradigma para os bombeiros do século XXI”; in Revista de Geografia e Ordenamento do Território, nº2, dez2012. Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território. pp 191 a 213. Pode observar-se no Google.
    – Curso de Doutoramento em Ciências Militares; in Revista Militar, jun2010. Pode observar-se no Google.
    – Comunicação instrumento decisivo aos mundos Nação, Estado e Instituição Militar; in Revista Militar, dez2007.
    – A Comunicação Interna na filosofia da comunicação integrada das Empresas e Organizações/Instituições”; comunicação apresentada no “5ºCongresso da SOPCOM”, realizado na Universidade do Minho (Braga) em 06/07Set2007. Pode observar-se no Google.
    – Confluência de Riscos – “Enfrentar riscos globais com soluções globais”; in Revista Militar, jun/jul2006. Pode observar-se no Google.
    – Transportes futuros na Revista Militar; Polémica Real – 1860, OTA e TGV – 2005 (Comentário – Revista Militar, ago/setembro2005). Pode observar-se no Google.

    * Comunicações (desde 2005). Participação em congressos, encontros e colóquios:
    – I Encontro Multidisciplinar do CASO/IASFA – Viver os Desafios da Idade Maior, Oeiras, dias 20/21nov2014, Estratégias de Comunicação a desenvolver no mundo envolvente da Idade Maior.
    – 53º GeoForum, 20set2012, ULHT, Novo paradigma na Organização do Sistema de Proteção Civil: Bombeiros assumem a Prevenção.
    – 6º Congresso da SOPCOM, ULHT em 14/18abr2009, Comunicação, Instrumento Decisivo, aos “mundos” das Instituições/Organizações e Empresas.
    – 5º Congresso da SOPCOM, Comunicação e Cidadania, Universidade do Minho (Braga) em 06/07/08set2007, “A Comunicação Interna na filosofia da Comunicação Integrada das Organizações”.

    * Atividades atuais (contribuição para competências de nível soft skills).
    Sócio Efetivo da Revista Militar; membro da Comissão da História das Transmissões Militares; membro do Conselho Deontológico da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) – segundo mandato (2014/15/16); membro do Conselho Consultivo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos (Presidente da Direção, mandato 2000/2001).

    * Razões principais para concorrer a novo trabalho (outro desafio).
    Na sequência da crise generalizada e multifacetada que se vive em Portugal e na UE, sinto vontade em contribuir para a melhorar a situação continuando a trabalhar. Por outro lado algumas atividades regulares fora de casa podem contribuir para melhorar o desempenho na investigação em que estou envolvido. Nesta conformidade assumo a disponibilidade para a colaborar como docente, ou noutra tarefa no âmbito do ensino universitário (Qualidade a Todos os Níveis), em Universidade/Instituto que pela sua proximidade (local) e seus objetivos principais, me parecer que posso acrescentar valor no âmbito da docência de áreas baseadas em Ciências da Comunicação.

    Paço de Arcos, 20 de abril de 2015.
    António Pena.

    NOTA: História de Vida publicada (set/out/nov2014) no blogue da Comissão da História das Transmissões Militares (http://historiadastransmissoes.wordpress.com/).

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