20 comentários em “Agr Tm (Angola)

  1. Julgo que o Agrupamento de Transmissões de Angola foi a maior unidade de Transmissões da Guerra Colonial. Não tenho a certeza pois não conheci as unidades de Moçambique ou da Guiné. Tenho esperança que este blogue, através de um comentário de algum camarada me possa esclarecer.
    Mas do que tenho a certeza é que tinha uma bela capela, desenhada pelo cor Eng José Maria Marques que merecia uma fotografia neste blogue, logo que poessível

  2. Também servi neste quartel de 68 a 71 como operador do centro de MSGS.
    Quanto a recordações, patentes, comandantes e etc. a memória já falha bastante, mas vamos ver no que eu posso ajudar.
    A minha patente era a menor possível, ou seja, soldado; ainda tirei a escola de cabos mas nunca cheguei a ser promovido devido a ser tropa territorial, pois as vagas sempre estavam preenchidas com os que iam do continente.
    Quando eu saí em Set71, quem era o comandante da unidade era o sr. tenente coronel Corte Real, o da companhia (STMA), já não lembro o nome, o sargento se não estou em erro era o primeiro sargento Cerqueira.
    Mas tinha duas pessoas que, apesar do senhor ser posterior ao meu tempo deve ter ouvido falar. Um era o cabo EP Cepêda, que quando fui para lá em Mar68 já lá estava.
    O outro, era o sr. major Vargas que quando eu lá entrei era capitão e depois foi promovido para se aposentar (reformar). Dizia ele, quando estava de oficial dia, que tinha ficado na tropa por causa de um par de botas que não pôde pagar, e que por isso entendia muito bem a situação dos praças; e não era à toa que quando ele estava de serviço a comida era sempre para sobrar, então a louça era sempre muito bem lavada. Toda a vez que um praça reclamava de um copo ou prato mal lavado, ele pegava e se ele achava que estava mal lavado estilhassava-o no chão e mandava varrer e trazer outro. Acho que por causa disso ele se tornou uma lenda lá no quartel.
    Quanto a fotos, lamento mas não posso ajudar, o senhor sabe que na época a fotografia era cara e por isso era rara, eu até devo ter uma ou duas tiradas em frente à companhia de instrução mas como mudei de residência, de momento não sei onde param mas, quando as encontrar mandar-lhas-ei.

  3. Fiz serviço nesta Unidade de Abril/68 a Agosto/71.
    Tirada a especialidade (radiotelegrafista) na CI (Companhia de Instrução) e efectuado o estágio no Centro STM do Tôto, regresso ao Atma e sou colocado na CTm (Companhia de Transmissões).

  4. Entrei nesta unidade em Abril/70,qundo cheguei para fazer o CSM, era comandante da CI o então Capitão Rodrigo Leitão, terminada a especialidade fui colocado na CTm, tendo como comandantes os então capitães Louro, José Maria Marques e Gaspar sucessivamente.
    Na CI ainda tive como comandante de companhia, sempre que era destacado para lá, o então capitão Cunha.
    Como comandantes da unidade conheci os então, Ten. Cor. Corte-Real e Sanches da Gama.
    Como segundo comandante apenas me lembro dos então Majores Pinto de Abreu e senão me engano Morujão, que resolveu arranjar-me um impedimento, já que fora das especialidades e de uma deslocação de 4 meses para a Damba (prenda oferecida pelo Capitão Carvalho Gomes), para acompanhar o BArt 3860, apenas fazia serviços. Então fiquei como responsável pela sala do Soldado, com a responsabilidade de acertar as contas com todas as Cervejeiras (grande balda ia por lá). Para as minhas deslocações utilizava o “carocha” que lhe estava distribuído, bons tempos. Estive com este impedimento cerca de 8 meses, e no dia 31/07/73, despedi-me daquela unidade, não em definitivo, porque durante muito tempo me desloquei à mesma, para conviver com os meus ex-camaradas, muitos deles meus ex- instruendos.

    1. Reinaldo, se estiveste como responsavel pela sala do soldado, deves lembrar-te do Fernando Rodrigues, e do Ribeiro, que eram impedidos da sala, o do Vitor Pinheiro que era da sala dos sargentos, eu era da Crmmtm do cap. França, dis-me alguma coisa se te lembras de alguem, eu so o Belmiro o meu tel. é 915490665, se te disser alguma coisa, comunica por favor, pois todos nos somos do norte mais propriamente de Ermesinde (prox. do Porto), um abraço

      1. Claro que me lembro de vcs, e penso que eram impedidos se lembram de mim, pois foi uma guerra desgraçada para acertar as contas com as cervejeiras. O meu “gabinete” era a biblioteca, então do Vitor ainda mais pq era da minha companhia e estava na sala de Sargentos. Gostaria de saber por onde anda essa malta toda, pq eu tambem sou e vivo no Porto. Recentemente consegui contactar o ex-Furriel Castela Simões que tambem vive ai em Ermesinde e segundo sei faz parte de um grupo que organiza anualmente um jantar com a malta do ATmA. Gostaria de vos encontrar. Contactos 966922103 ou armac_1949@hotmail.com.
        Um abraço

    2. Também aqui estive colocado, no estágio, como tenente, até Agosto de 1974 (o dia 25 de Abril apanhou-me em Malange, onde tinha ido levar e montar uma antena). Por curiosidade, o bispo local parece ter sabido do que estava a acontecer nessa noite em Lisboa antes mesmo de nós (e alguns estávamos a par do que se preparava). Bons tempos. Como eu era o único estagiário, o cmdt cedeu-me amavelmente um quarto que tinha junto à messe, com casa de banho privativa e um gabinete de trabalho. Só tinha o inconveniente de ter de passar frente ao gabinete do 2º cmdt, que na altura era o TCor Morujão ( 🙂 ).

      1. Sr Coronel Canavilhas, não sei quando chegou ao AtmA, mas foi bom ter comentado neste espaço, que pelo menos confirmou que o meu último 2º Cmdt, era o então Major Morujão.Gostaria de saber quando lá chegou, quando tal ainda nos cruzamos, penso que antenas era com o STM.
        Cumprimentos

        1. Apresentei-me no ATmA no dia 4JAN74. O cmdt era o Cor Pires Afonso e o 2º cmdt o TCor Morujão. Estive colocado na secção dos Cap Carvalho Gomes e Cap Cunha. Na “porta ao lado” ficava o Maj José Maria Marques. No STM estavam os Cap Candido Gaspar e Cap Costa Dias. O estágio era de 6 meses, pelo que regressei em JUL74. Tenho pena de não ter tirado fotos das instalações do ATmA, apenas tenho fotos em que eu apareço, muitas das vezes com uma mini mota que eu tinha para ir à praia ou à cidade, e essas não são adequadas para mostrar as instalações ou os equipamentos. Continuo na esperança de que apareçam leitores que tenham fotos dessas para aqui colocar, era importante documentar fotograficamente as UU de Tm em Africa, sobretudo em Angola, Moçambique e Guiné.

      2. Sr Coronel Canavilhas, efectivamente já não me cruzei com o senhor como militar do ATma,é natural que o tenha visto mas como civil, já que me desloquei muitas vezes aquela unidade. O senhor esteve colocado naquilo que era conhecido como centro de operações de que era responsavel o capitão Carvalho Gomes (oficial com quem tive uma discussão dura de parte a parte, aquando da minha nomeação para acompanhar um dos 2 batalhãos que tinham chegado da Metrópole). Mantivemos uma boa amizade, vindo em 77 a encontra-lo na EPTm (Porto) como major e 2º Comandante (recebi um convite da sua parte para ingressar na escola de Sargentos, e segundo ele com as minhas habilitações rápidamente passaria para um curso de oficiais, Recusei porque tinha ido levantar um documento militar para ingressar na CGD, e tambem o informei que fiquei farto de tropa,rsrsrs). Mais tarde e com o Coronel Louro como comandante, quando me desloquei aquela unidade para almoçar a convite, vim a saber que tambem tinha sido comandante, gratas recordações.
        De todos os oficiais que menciona só não conheci o Cap Costa Dias e o Cor Pires Afonso.
        Quanto a fotografias, tenho uma tirada do telhado da messe de Sargentos em que se vê a maior parte da unidade.
        Trata-se de uma foto anterior a 68, pois não tem a capela construida e a porta de armas ainda é a antiga.
        Ficaria grato que informasse como postar a mesma neste espaço, pois não tenho conseguido.
        Cumprimentos

        1. Obrigado pelo seu comentário. O Cap Costa Dias, que tinha os pais em Luanda, julgo que na altura era o cmdt da Compª de instrução. Recebeu-me no aeroporto com o Cap Gaspar e levaram-me a almoçar e jantar e conhecer Luanda. Ainda hoje somos amigos. Foram bons tempos os que lá passei, sobretudo porque a ideia dos estágios na altura era preparar-nos para futuras comissões, de modo que me fartei de passear por Angola, para conhecer as Tm da então província. Quanto à foto, pode enviar-ma para este endereço, que depois a coloco como post, na sec “Fotografias dos leitores”. Se conhecer alguém das Tm que lá tenha estado e tenha fotos históricas, por favor faça-os saber do nosso interesse em tudo que seja documento desse tempo, nomeadamente fotografias das instalações ou dos equipamentos. Cumprimentos

  5. O ATmA, era uma grande unidade, com uma área de terreno de grandes dimensões.
    Desconheço as razões que levaram a que durante muito tempo estivesse a ocupar terrenos da Engenharia. Nesse espaço encontrava-se a caserna do STM, o parque de viaturas da CTm, bem como os seus equipamentos, refeitórios, messes, oficinas dos radio montadores e alojamentos dos sargentos. Ainda no meu tempo de permanência se começou a construir a caserna do STM e mais tarde mais 2 edifícios.
    Da capela, já tentei junto de ex-camaradas da arma encontrar fotografias, mas o engraçado é que ninguém tem uma foto desse edifício lindíssimo e de muito bom gosto (ainda existe a construção). Soube que o altar-mor tinha sido decorado com pinturas do então capitão José Maria Marques, que segundo se dizia numa noite de má disposição de um comandante da unidade que habitava lá, mandou pintar as mesmas, pelo que foram destruídas (desconheço a veracidade desta afirmação). Para os mais distraídos, o então capitão José Maria Marques, meu digníssimo comandante de companhia em 1971 na CTm, é mais conhecido hoje em dia pelo pseudónimo de “José de Guimarães”, grande pintor e escultor que admiro pelas cores que consegue imprimir há sua pintura. Infelizmente na vida militar tinha um apelido que me recuso aqui a reproduzir pelo respeito que lhe tenho.
    A capela serviu muitas vezes nas noites de serviço, para na sua cúpula se fazerem algumas petiscadas, que incluía o oficial de dia, as rondas eram feitas pelos cabos de dia aos pares que se apresentavam na cúpula da mesma.
    Para quem não sabe, de cima da mesma tinha-se uma visibilidade quase completa sobre a unidade. Bons tempos em que com alguma rebeldia da “pouca” idade dos sargentos e oficiais milicianos e alguns do QP se fazia algumas brincadeiras, sem nunca perder o bom senso da responsabilidade que a situação obrigava.
    É com muita saudade que recordo esta unidade, pois nela permaneci durante 40 meses e meio.
    Cumprimentos
    Reinaldo Macedo
    Ex-Furriel Miliciano de TSF

    1. Boa tarde!depois de dar uma vista de olhos por aqui a relembrar velhos tempos reparei que tinha comentado que nenhum colega tinha fotografias da capela do atma,pois eu tenho duas que tirei em frente à dita capela em 1975 quando aí prestei serviço como radio montador. Não dá para ver a mesma na totalidade mas dá para ver parte do interior e respectivos vitrais.

      Cordiais cumprimentos

      Pedro Queimado

      1. Se dá para ver os vitrais, por favor mande-a, logo veremos se tem condições para publicação. Eu também tenho uma, mas estou montado numa motinha Honda que eu lá tinha para ir à praia e não acho adequada para publicação.

  6. Um abraço a todos; sou (era) o 1º cabo 13/67, assentei praça no RI20 em Luanda e tirei a especialidade no ATMA; tinha como Comandante de Companhia, o Capitão Marques autor do projecto da capela e conhecido artista plástico que dá pelo nome de “José de Guimarães”; fui impedido do Comandante da Unidade o então Tenente-Coronel Ávila de Melo. Alguém me sabe dizer se há convívio este ano e, se sim, onde se realiza? Quem souber agradeço que me informem para a seguinte direcção: domovar@gmail.com.
    Um abraço ao Castela, ao Armindo, ao Carvalho (60/67) e ao Araújo (61/67).

  7. Hoje mesmo enviei uma foto actualizada da capela da unidade que me foi gentilmente cedida por um cidadão angolano que a tirou no 30-12-2014 ( ontem ).
    Já enviei um e mail com a foto da mesma. Espero que todos gostem
    Um Bom Ano Novo para todos
    Ivo

  8. sou de infantaria e prestei serviço na unidade a organizar a segurança em 1969, comandava-a o ten-cor António Ávila de Melo, e lá deixei o Taró em abril de 1970 por haver bloqueio por causa da raiva; era cruzado de pastor alemão e leão da rodésia, gostaria de trocar recordações com quem as tiver!

  9. Boa noite. Sou Victor Correia de Freitas, o ex-Furriel mecânico auto rodas, da secção auto no ATMA de Luanda, de 71 a 74. Fui muito amigo do TCor Morujão. Gostaria de saber se ainda é vivo, e se há contactos com ele…

  10. Até que enfim encontrei camaradas, do Agrupamento de Transmissões de Angola. que saudades amigos. Pois estive de 1970 a 1972 Companhia de Transmissões, comandante. António de Sacadura Bote Corte Real. era muito boa pessoa, Eu era mais conhecido por o cabo Carvalho 188 passei quase o tempo todo na messe de Oficiais, o serviço meu era levar nos chamados ternos comida a casa dos Srs. oficiais.distribuindo pela cidade. Pois devem-se lembrar do sargento Cláudio, ( conhecido por o mais lindo rsrsrs) era o meu chefe pois queria na verdade encontrar alguém e hoje me deu para andar a coscuvilhar por outras páginas e sem querer mesmo encontrei o que queria. e que há anos procurava, desesperadamente, em vários grupos eu perguntava por essa gente da sala do soldado, Fernando, Ribeiro; Victor, grandes amigos, e ninguém me respondeu até ao dia de hoje. Pois com a vossa licença vou tomar nota de números de telefone. para ver se dou um abraço num camarada antes de morrer.

  11. Estimado Camarada eu era cabo na Messe dos Srs. Oficiais e o Tarô conviveu comigo os 2 anos 1970-1972, até dormiu muitas vezes debaixo da minha cama na Companhia de Transmissões mas uma noite um negro saiu de serviço, de noite, entra na caserna a ver se encontrava uma cama vaga, que ele dormia fora do quartel mas como estava de serviço claro tinha de lá dormir. aí foi o pior o cão começa a ladrar e a dirigir-se para ele,eu fui busca-lo mesmo á porta que ele não o deixava entrar, ouvi um coro para por o cão lá fora levei até com botas rsrsrs. que acordou tudo. Mas que saudades eu tive e sinto ainda desse animal, pois despedi me dele como do melhor amigo, e com lágrimas, nunca vi cão tão inteligente, rastejava, sentava, levava a boina na boca, enfim? até lha pedir outra vez, veja amigo, até neste momento os olhos se encheram de lágrimas. Pois não sei quem é não o conheci, perguntei quem o tinha deixado lá o amigo cabo Alfredo já falecido, me disse que tinha sido um Alferes que pediu se olhavam por ele. Que como vinha embora não o podia trazer, mas que sabia que algo lhe dizia que ia ser bem tratado, e foi que até ao veterinário o levamos que ele adorava andar de carro e um dia tentou saltar para um em andamento e foi ferido mas sem gravidade e recuperou passado pouco tempo. Saudades muitas sem dúvida, alguma da camaradagem, de tudo mesmo do quartel que foi a minha casa os dois anos. Espero que seja vivo e com muita saúde, que a minha não é assim tão boa mas dá para se ir andando. Agradecia o contacto se possível amigo. uma boa noite. e um grande abraço Francisco Machado carvalho.

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