Comemorações do Bi-centenário do Corpo Telegráfico, que tiveram lugar no RTm em 2010, com a presença do General CEME
Placa comemorativa, à entrada do Regimento de Transmissões
Telégrafo de persianas de Ciera, réplica à esc 1:4, propriedade da CHT
Telégrafo de ponteiro de Ciera, réplica à esc 1:2, propriedade da CHT
Óculo da época, propriedade da CHT
Permito-me acrescentar alguns breves comentários relativos ao excelente conjunto de fotografias tirado durante as comemorãções do Bicentenário do Corpo Telegráfico, pioneiro das telecomunicações em Portugal, que esteve na base da introdução da telegrafia ótica e da telegrafia eléctrica em Portugal e foi o mais antigo antepassado do Regimento de Transmissões.
A primeira foto apresenta a lápide comemorativa que traduz, bem na entrada do RTm, a homenagem que presta ao seu mais remoto antepassado histórico. Os dois militares, com uniformes da Guerra Peninsular, recordam a brilhante participação que o CT teve na invasão de Massena.
A segunda representa o telégrafo de palhetas, inventado por Ciera, num modelo construído pelo sargento Paim das Neves, sob orientação do Cor Costa Dias.
Esteve ao serviço mais de quarenta anos, dentro da rede de telegrafia ótica nacional.
A terceira é o modelo do outro telégrafo português, o de ponteiro, também desenvolvido por Ciera, também produzido pelos mesmos militares que o anterior. Foi apresentado pela primeira vez em Portugal neste dia.
A última representa o óculo da época (adquirido pela CHT), indispensável no sistema de telegrafia ótica para se perceberem os sinais feitos pelos telégrafos, que se instalavam em estações distanciadas em média à volta dos 12 km.
Apenas acrescento que os três elementos fundamentais do sistema de telegrafia ótica são o telégrafo (palhetas ou ponteiro), a luneta e o código (não representado neste conjunto de fotos) que era essencial para interpretar os sinais transmitidos pelos telégrafos e que era o mesmo para os dois tipos de telégrafo.