Este blogue atingiu hoje mais de 100.000 visitas (a páginas e artigos), efectuadas por mais de 30.000 pessoas diferentes, a partir de mais de 100 países.
Quando tomei a iniciativa de propor à CHT (Comissão da História das Transmissões) a sua criação, na única reunião que até hoje efectuámos fora de Lisboa (em Avis, em 2011), confesso que não esperava tão gratificante resultado.
O blogue História das Transmissões tem vindo a revelar a existência de um grande interesse pela história da nossa Arma, quer por parte dos militares que dela fazem ou fizeram parte, quer sobretudo por parte de muitos cidadãos anónimos oriundos de muitas partes do mundo.
A CHT, constituída por um grupo de voluntários, militares reformados da Arma de Transmissões (do quadro de Engenheiros, a maioria, e um do quadro de Manutenção) e também um da Arma de Artilharia (historiador e nosso orientador e amigo), para além dos contributos que graciosamente continua a dar ao Exército na área da museologia (Coleção visitável do Regimento de Transmissões e Núcleo de Transmissões do Museu militar de Elvas) e das pesquisas que, sob a orientação do Cor Art Aniceto Afonso, vem efectuando em diversos arquivos, com relevo para o Arquivo Histórico-Militar, publicou dois livros (que podem ser integralmente consultados on-line neste blogue) e estuda actualmente a participação das Transmissões na Grande Guerra.
Mas tem sido este blogue que maior visibilidade nacional e internacional tem dado à ainda curta, mas já bem rica história da Arma, herdeira das comunicações militares do Exército desde o Corpo Telegráfico à Arma de Engenharia, de que só se tornou independente em 1970 (apesar de já existir uma Direção da Arma de Transmissões desde 1959).
A maioria dos visitantes é, naturalmente, oriunda de Portugal, logo seguida do Brasil e dos Estados Unidos. Nos dez primeiros, entre os principais países europeus, incluem-se também os visitantes de Angola e Moçambique, países irmãos na língua e na história, bem como da Bélgica (certamente por motivo dos militares da NATO que ali trabalham):
Pessoalmente, apenas tenho pena do fraco contributo que tem sido prestado ao blogue por parte de antigos militares (muito experientes e que certamente muito o poderiam enriquecer) dos quadros de Manutenção (com as honrosas excepções do Cor António Pena e do TCor Viegas de Carvalho) e de Exploração (nenhum) da Arma de Transmissões. Em contrapartida, temos tido o precioso concurso do sr João Freitas, nosso leitor e grande conhecedor da nossa história e dos nossos equipamentos, e de alguns ex-militares que nos têm enviado algumas (poucas) fotografias com interesse histórico, sobretudo relativas ao tempo passado em Africa, e outros contributos, sob a forma de comentários e/ou mensagens.
Para os mais curiosos, aqui ficam alguns dados estatísticos interessantes sobre este blogue:
É com a maior satisfação que verifico que o Blogue da CHT, com cerca de dois anos e meio de vida, atingiu a bonita soma de 100.000 visitas. Constitui uma importante e difícil vitória, para os que para isso contribuíram, como o oportuno post do cor José Canavilhas refere e que permitiu a projeção e o interesse que o Blogue continua a despertar, dentro e fora do país.
A este respeito permito-me acrescentar dois breves comentários.
• O primeiro é para acentuar, como não é novidade para qualquer membro da CHT, que o sucesso alcançado pelo Blogue se deve acima de tudo ao coronel José Canavilhas que teve a iniciativa da sua criação, na célebre reunião de Aviz em Novembro de 2011, e o tem administrado, desde a primeira hora, com a maior competência e dedicação.
• A atitude das pessoas, perante um sucesso como este, pode ser de dois tipos. O primeiro é considerar que “nós já fizemos (e bem) o que tínhamos a fazer, agora outros que o continuem”; A segunda atitude é que “ainda se pode fazer muito e o Blogue só ganharia com um pouco mais de participação de cada um de nós e de outros que nos venham a acompanhar”.
Claro que sou pela atitude pró ativa e faço sinceros votos que o Blogue, sob a sábia batuta do coronel Canavilhas, continue a prestigiar a Arma, como tem sucedido, e a contagiar maior participação. Para mais, tal atitude está dentro do grande princípio que o coronel Aniceto Afonso nos tem ensinado a aplicar, e que em relação ao Blogue pode ser traduzido por: “Aprender a Blogar, blogando”, ou seja, “Aprender a postar, postando”, ou “Aprender a comentar, comentando”.